São Paulo, 25 de outubro de 2021 - A ajuda que os micro, pequenos e médios empreendedores necessitam para não sucumbirem por causa dos impactos que a pandemia de covid-19 causou nos últimos 19 meses está nos exemplos externos. Foi o que sinalizou hoje (25) o ex-embaixador e vice-presidente da PepsiCo, Roberto Azevêdo, em reunião híbrida na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Promovido pelo Conselho Político e Social (COPS) da entidade, o encontro buscou discutir os caminhos e as perspectivas para o setor privado em um período pandêmico e pós-pandêmico e foi transmitida pelos canais oficiais da ACSP no Youtube e Facebook.
Azevêdo citou exemplos adotados por países como os Estados Unidos (EUA), que ampliaram a oferta de crédito no mercado, subsidiaram salários e compensavam parte dos salários dos empregados. "O impacto brutal da pandemia não foi um fenômeno brasileiro apenas. Aconteceu no mundo inteiro. Há lições que podemos tirar do que foi feito lá fora", afirmou.
O presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da ACSP, Alfredo Cotait Neto, mostrou preocupação com o que chamou de desemprego estrutural. "Se já existia o desemprego antes da pandemia, ele se agravou de tal forma que a desigualdade aumentou demais. Há uma concentração brutal dos recursos em cima dos detentores de capital e isso destroçou a base de micro e pequenos empreendedores", lembrou.
Para socorrê-las, o ex-embaixador ressaltou a importância da capacitação dessas PMEs para o mercado e sob perspectivas de futuro com maior probabilidade de êxito.
Ele admitiu o papel das associações e federações para ajudar os microempreendedores e completou que o Estado precisa criar mecanismos para minimizar os custos da atividade produtiva e econômica simplificando impostos. "Alguns países já fazem isso de uma maneira mais clara lá fora. No Brasil se faz um pouco. Tem que se pensar de uma maneira mais granular porque hoje a mesma regra vale para grandes e pequenos", analisou.
Sob a perspectiva do setor privado, Azevêdo afirmou que os organismos e governos internacionais já perceberam o potencial de escalabilidade. "Esse diálogo é novo. Há alguns anos esse diálogo com o setor empresarial era marginalizado. Em muitos lugares da Europa e da Ásia isso tem avançado e no Brasil já se começa a ser feito", concluiu.
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Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 126 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.
Por ACSP