São Paulo, 6 de agosto de 2024 - O Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP), elaborado para o Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP) pela PiniOn, alcançou, em julho, 103 pontos, mantendo estabilidade em relação a junho, e na comparação com o mesmo mês de 2023.
O resultado mensal ainda não mostra tendência clara, apesar de o ICCP permanecer no campo otimista (acima de 100 pontos), enquanto o resultado interanual interrompe uma sequência de cinco quedas consecutivas.
No recorte de classes socioeconômicas, os resultados seguiram sendo mistos, com redução da confiança para as famílias pertencentes às classes AB e DE, e estabilidade para aquelas pertencentes à classe C. Em geral, houve melhora relativa da percepção das famílias em relação às situações de emprego e renda atuais, compensada por uma piora relativa das expectativas futuras sobre essas variáveis, com diminuição na segurança do emprego.
Apesar da estabilidade no ICCP, observou-se um aumento na proporção de entrevistados dispostos a adquirir itens de maior valor, como carros e imóveis, assim como bens duráveis: geladeiras e fogões. Houve também crescimento na disposição para investir.
Cidade de São Paulo
O Índice de Confiança do Consumidor da Cidade de São Paulo (ICCSP) alcançou 94 pontos, em julho, também mantendo estabilidade em relação a junho, enquanto mostrou aumento de 1,1%, em contraste com igual mês do ano passado. O resultado interanual interrompe seis reduções seguidas, medidas na mesma base de comparação, embora o ICCSP ainda permaneça no campo pessimista (abaixo de 100 pontos).
A melhora relativa nas percepções sobre a situação atual e a deterioração das expectativas de emprego e renda seguiram o padrão observado no Estado de São Paulo. No entanto, esse cenário fez com que a maioria dos entrevistados demonstrasse menor interesse na compra de bens duráveis e itens de maior valor, além de uma redução na disposição para investir.
Com relação à evolução da confiança dos consumidores da cidade de São Paulo, distribuídos por classes socioeconômicas, houve estabilidade para as classes C e DE e recuo para as famílias pertencentes à classe AB. Em síntese, os resultados do ICCP e do ICCSP de julho apresentaram estabilidade em termos mensais, estabilidade interanual, no primeiro caso, e aumento no segundo.
De acordo com Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, observou-se uma melhora relativa nas percepções sobre a situação financeira atual, enquanto as expectativas em relação à evolução da renda e do emprego mostraram uma deterioração.
"Embora esses resultados mensais analisados isoladamente não revelem uma tendência clara para a confiança dos consumidores paulistas e paulistanos, eles podem refletir, por um lado, a crescente geração de empregos no Estado de São Paulo e, por outro, o elevado nível de endividamento das famílias que residem no Estado," completa Ruiz de Gamboa.
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Por ACSP