São Paulo, 19 de dezembro de 2025 - De acordo com pesquisa de intenção de compra no Natal, realizada pela PiniOn, a pedido da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), 49,7% dos entrevistados, em nível estadual (878), pretendem fazer compras nesta data, enquanto 33,1% não têm intenção de dar presentes, e 17,2% ainda estão indecisos. À diferença do que ocorreu com a pesquisa em nível nacional, em relação ao ano passado, observa-se aumento daqueles que manifestaram intenção de compra e diminuições das porcentagens de entrevistados que não se manifestaram dispostos a comprar e dos que se declararam indecisos.
Por sua vez, 77,2% dos consultados declararam que não anteciparam as compras durante a Black Friday, o que sugere que, a exemplo do que aconteceu na pesquisa nacional, não houve “canibalização” destas.
Do grupo de entrevistados que planejam realizar compras no período, 34,9% pretendem gastar mais do que em 2024, enquanto 45,2% desejam o contrário. Em termos do nível de gasto, a maioria (67,1%) pretende gastar entre R$ 50 e R$ 600. Na comparação com o ano passado, notam-se aumentos tanto daqueles que pretendem gastar mais, como dos que manifestam intenção contrária.
A sondagem também apontou que a maioria das compras seria realizada em grandes redes do varejo (44,3%) e de forma remota, pelo computador, celular ou tablet (46,3%). Em relação à segunda parcela do 13º, à diferença da pesquisa nacional, a maior parte dos entrevistados declarou que não a utilizará para financiar as compras de Natal.
Na Tabela 1, apresentamos as principais categorias de bens e serviços que fazem parte da intenção de compra dos entrevistados que residem no Estado de São Paulo, assim como se a forma de pagamento seria à vista (dinheiro/débito, PIX) ou parcelada. Vale lembrar que mais de uma opção pode ser escolhida por cada um dos consultados.

Os resultados da Tabela anterior seguem a tendência da pesquisa nacional. Como é habitual no Natal, roupas, calçados e acessórios (37,2%) são os principais itens da lista, e, somados a outros de uso pessoal, tais como joias, bijuterias e perfumes, perfazem 69,8% das intenções de compra. Outros itens também tipicamente demandados, tais como boneca, outros brinquedos, decoração e enfeites, árvore e cartão de natal e alimentos para a ceia natalina também aparecem, em conjunto, com destaque (84,2%).
Por sua vez, celular, computador, notebook e tablet e eletrodomésticos (televisor, micro-ondas, fogão, geladeira e máquina de lavar) apresentam intenções de compra menos expressivas (10,6% e 26,9%, respectivamente), embora maiores do que as registradas no ano passado. Os juros altos poderiam explicar a menor disposição para a quase totalidade dos itens de financiar as compras com crédito, utilizando o parcelamento, tal como também pode ser visualizado na Tabela 1.
Cidade de São Paulo
A pesquisa também permitiu obter novamente as intenções de compra de uma amostra de residentes na cidade de São Paulo (345). Em linhas gerais, os resultados desse recorte seguem as tendências estaduais, tal como mostra a Tabela 2, que contém as principais categorias de bens e serviços associados a essas intenções de compra municipais.

Tal como foi visto na pesquisa estadual, a maioria dos entrevistados que residem na Cidade de São Paulo (43,9%) manifestou a intenção de comprar presentes, enquanto 39,4% não pretendem fazê-lo, e 16,8% ainda estão indecisos. Outra semelhança importante é que a maioria dos consultados que manifestaram intenção de dar presentes (48,7%) não pretende utilizar a segunda parcela do 13º como forma de financiamento.
Também seguindo a tendência estadual, a maioria dos propensos a comprar deseja fazê-lo em grandes redes de varejo (41,0%), de forma remota (61,8%), adquirindo itens que, em sua maioria (61,8%), custem entre R$ 50 e R$ 600. A maior parte dos entrevistados (78,5%) declarou não haver antecipado compras do Natal na Black Friday.
Para o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, as perspectivas para as vendas de Natal, em termos do Estado e da Cidade de São Paulo, se configuram como moderadamente favoráveis, não tendo sofrido “canibalização” durante o período da Black Friday. Apesar dos efeitos positivos do crescimento do emprego e da renda, o poder de compra das famílias tem sofrido redução em decorrência dos juros mais altos e do nível elevado de endividamento das famílias. Tudo isso estaria levando os consumidores, também na época natalina, a priorizar a aquisição de itens relativamente mais essenciais.
O economista ainda completa dizendo: “Vale destacar, entretanto, que ainda há porcentagens significativas de consumidores indecisos nos níveis estadual e municipal em relação às compras do Natal, o que fornece uma possibilidade de melhorar as vendas para os varejistas, na medida em que estes sejam capazes de criar estratégias de atração para captar esse contingente de clientes potenciais”.
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Por ACSP - 22/12/2025