A Associação Comercial de São Paulo prevê que o comércio da região metropolitana pode deixar de arrecadar mais de R$ 60 milhões devido à paralisação dos trabalhadores da CPTM, do Metrô e da Sabesp, anunciada para esta terça-feira, dia 28 de novembro, quando a circulação de pessoas na capital paulistana será prejudicada.
A greve anunciada, que afetará diretamente os serviços essenciais de transporte público e saneamento, terá repercussões imediatas sobre a atividade econômica da cidade. A estimativa, baseada no volume movimentado diariamente na cidade de São Paulo e região metropolitana, é do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP).
De acordo com economistas do IEGV, o prejuízo se dará principalmente por reduções nas compras imediatas dos consumidores e da queda na movimentação do comércio referente às compras antecipadas de final de ano, além do impacto na força de trabalho das mais variadas operações comerciais. O comércio e varejo, pilares fundamentais para a dinâmica da capital paulista, serão severamente prejudicados, comprometendo a sobrevivência de muitos empreendimentos, especialmente os pequenos e médios negócios.
A ACSP defende a importância do diálogo e a busca por melhores condições de trabalho. No entanto, é imperativo considerar o contexto no qual esta paralisação se insere. A ACSP compreende que há um caráter político que motiva a paralisação, por isso não apoia sua iniciativa e repudia completamente sua realização. A ACSP também espera que os representantes dos trabalhadores e os órgãos responsáveis reconsiderarem a decisão de greve, buscando alternativas de negociação que garantam um acordo sem prejudicar o funcionamento essencial da cidade.
A Associação Comercial de São Paulo reafirma seu compromisso em defender o desenvolvimento econômico de São Paulo (especialmente por meio do pequeno e médio empreendedor) e a qualidade de vida de seus habitantes. O diálogo e a colaboração são os meios mais eficazes para encontrar soluções que atendam tanto aos interesses dos trabalhadores quanto às necessidades prementes da sociedade e do setor comercial.
"Este é um momento de bom senso e de responsabilidade de todas as partes envolvidas para evitar prejuízos irreparáveis à nossa querida, São Paulo. Esta greve, infelizmente, se traduzirá em sérios impactos para o comércio e varejo da cidade", defende Roberto Ordine, presidente da ACSP.
Por ACSP