São Paulo, 26 de junho de 2018. Brasileiro é louco por futebol e os jogos da Copa do Mundo são a melhor oportunidade de vestir a camisa da seleção. O preço médio da camisa oficial está salgado: cerca de R$ 250. E o pior é que, deste valor, 34,67% (ou seja, R$ 86,67) têm como destino os cofres públicos. O cartão amarelo é da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), responsável pelo painel do Impostômetro.
O álbum de figurinhas da Copa, que virou febre no país, tem 43,19% de impostos embutidos no preço final. Nem a bandeira do Brasil escapa: tem carga tributária de 36,2%. Entre os itens bastante consumidos nesta época com mais altas tributações estão caipirinha (76,6%), fogos de artifício (61,56%), cerveja (55,6%), bola de futebol (48,49%) e refrigerante (46,47%).
“O que mais onera é a incidência conjunta do ICMS com o IPI, pois os dois impostos possuem altas taxas e por isso vão pesar mais no bolso do torcedor”, explica Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Ele comenta que, por outro lado, a carga tributária recua na medida que há redução - ou não aplicação - do IPI. É o caso da carne para churrasco, que tem tributação total menor (29%) e IPI zero.
Chamam atenção as parcelas da buzina (45,59%) e do televisor (44,94%). Já com taxas na casa dos 30% estão salgadinho (37,3%), chuteira e tinta (36,17%), pipoca (34,99%) e bexiga e corneta (34%). O levantamento completo temático sobre a Copa do Mundo foi encomendado pela ACSP ao Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) e pode ser conferido na tabela abaixo.
“O brasileiro é um dos povos que mais pagam impostos do mundo. No entanto, é um dos que menos veem os valores pagos revertidos em serviços públicos. Esse é um jogo que todos os brasileiros ainda precisam vencer”, conclui Burti.
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Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 123 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.
Por Patrícia Gomes Baptista