São Paulo, 18 de março de 2019. A confiança do consumidor da classe DE recuou de 93 pontos para 83 na passagem de janeiro para fevereiro, segundo o Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O resultado contribuiu para puxar para baixo a confiança do brasileiro como um todo, que marcou 98 pontos em fevereiro (contra 103 em janeiro). O INC varia entre zero e 200 pontos; o intervalo de zero a 100 é o campo do pessimismo e, o de 100 a 200, o do otimismo.
“A classe DE é a que mais sente a lentidão na retomada do emprego e também a que mais tem sofrido com a violência”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), lembrando que o CAGED computou a criação de apenas 34 mil vagas no começo do ano.
A confiança da classe AB caiu seis pontos, passando de 104 em janeiro para 98 pontos em fevereiro. “Esse grupo tem mostrado desapontamento com o governo, que ainda não tem apoio suficiente para a aprovação da reforma da Previdência”, explica Burti. O INC da classe C recuo de 105 para 100 pontos, voltando para o patamar de neutralidade.
A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 24 de fevereiro. “Em um ano pós-eleitoral, é esperado que a confiança do consumidor dê um salto em janeiro e depois recue um pouco nos meses seguintes. O mais importante é que os números estão muito acima do que no mesmo período do passado (21 pontos acima). Acreditamos em tendência de alta do INC ao longo de 2019”, finaliza o presidente da ACSP.
Regiões
O grupo de regiões Norte/Centro-Oeste foi o destaque negativo do INC: o indicador caiu de 104 pontos em janeiro para 85 em fevereiro. A razão pode estar, segundo Burti, em fenômenos meteorológicos que diminuíram a quantidade de chuvas, preocupando o setor agropecuário.
A confiança do Sudeste oscilou dentro da margem de erro, que é de três pontos, passando de 109 para 106 pontos. No Sul o indicador variou de 123 para 122. O INC do Nordeste estava em 84 e foi para 82 pontos. “Neste caso específico, é importante destacar que o Nordeste tem crescido abaixo da média das outras regiões; isso explica o fato de a região ser, há algum tempo, a mais pessimista na pesquisa da ACSP”, comenta Burti.
“Cabe ao governo investir em duas frentes: geração de empregos e políticas públicas de combate à violência. Com isso, ele conseguirá reconquistar a confiança da população. Nesse contexto, a aprovação da nova Previdência é urgente e precisa ser concretizada o mais rapidamente possível”, finaliza o presidente da ACSP. A pesquisa foi realizada sob coordenação do Instituto de Economia Gastão Vidigal/ACSP entre os dias 15 e 24 de fevereiro, com base em 1.200 entrevistas em todas as regiões do País.
REGIÃO | CLASSE | ||||||
NE | N/CO | SE | S | AB | C | DE | |
fev/18 | 74 | 74 | 78 | 85 | 69 | 79 | 77 |
jan/19 | 84 | 104 | 109 | 123 | 104 | 105 | 93 |
fev/19 | 82 | 85 | 106 | 122 | 98 | 100 | 83 |
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Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 124 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.
Por ACSP