Confiança do consumidor paulista se mantém no campo pessimista, diz ACSP

São Paulo, 5 de dezembro de 2025 - O Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP), elaborado pela PiniOn para o Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP), alcançou, em novembro, 98 pontos, mantendo estabilidade em relação a outubro, e diminuindo 1%, na comparação com o mesmo mês de 2024. O ICCP se mantém no campo pessimista (abaixo de 100 pontos).

No recorte de classes socioeconômicas, o ICCP continuou apresentando resultados heterogêneos, com aumento de confiança para as famílias das classes C e DE, e redução para aquelas pertencentes à classe AB.

Em termos de gênero, houve aumento da confiança para os entrevistados do sexo masculino e queda para os pertencentes ao feminino.

Piorou a percepção das famílias em relação à sua situação financeira atual, com redução da segurança no emprego, enquanto houve melhora das expectativas futuras sobre renda e emprego.

Essa melhora das expectativas futuras traduziu-se em maior propensão a comprar itens de maior valor, tais como carro e casa, e bens duráveis: geladeira e fogão. A disposição em investir para o futuro, por sua vez, manteve-se estável.

Cidade de São Paulo

Por sua vez, o Índice de Confiança do Consumidor da Cidade de São Paulo (ICCSP) alcançou 89 pontos, em novembro, aumentando 2,3% em relação a outubro, enquanto na comparação com o mesmo mês do ano passado manteve estabilidade. Apesar da melhora mensal e da estabilidade interanual, o ICCSP ainda se mantém no campo pessimista.

Com relação à evolução da confiança dos consumidores da cidade de São Paulo, distribuídos por classes socioeconômicas, os resultados também foram mistos, com aumento para os entrevistados pertencentes à classe C, redução para os classificados na classe AB e estabilidade para os classificados na DE. Em termos de gênero, houve melhora da confiança, tanto para os entrevistados do sexo masculino como para os do feminino, com maior intensidade no caso desses últimos.

Houve melhora tanto das percepções em relação à situação atual, com aumento da segurança no emprego, como das expectativas futuras de emprego e renda.

Essa melhora generalizada da confiança levou a maioria dos entrevistados a manifestar mais interesse em comprar itens de maior valor e bens duráveis, além de aumentar a disposição a investir.

Em síntese, em novembro, o ICCP e o ICCSP mostraram comportamentos diferentes. Em termos mensais, o primeiro mostrou estabilidade, enquanto houve aumento do segundo. Na comparação interanual, houve queda do primeiro e estabilidade do segundo. De todo modo, ambos indicadores permanecem no campo pessimista.

O economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, diz que a melhora da confiança dos consumidores paulistanos poderia ser explicada pela continuidade de geração de emprego e pelos aumentos de renda, provenientes do mercado de trabalho e das transferências de renda governamentais.

No caso dos entrevistados paulistas, os prováveis efeitos positivos dos fatores anteriores sobre o nível de confiança parecem estar totalmente compensados pelos efeitos negativos exercidos pelo alto grau de endividamento das famílias e pela desaceleração econômica, decorrentes do nível elevado dos juros.

 

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Por ACSP - 05/12/2025