São Paulo, 24 de março de 2023 - O Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado pela PiniOn para o Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP), atingiu 103 pontos em março, uma redução de 2,8%, em relação a fevereiro, mas alta de 15,7% na comparação interanual.
Apesar da retração pelo segundo mês consecutivo, a pesquisa não indica o fim da tendência crescente da confiança do consumidor, já que ela ainda se mantém no campo otimista (acima de 100 pontos). A sondagem foi realizada com uma amostra de 1.700 famílias, a nível nacional, residentes em capitais e cidades do interior do País.
Assim como em fevereiro, a diminuição do INC ocorre praticamente em todas as regiões, desta vez com exceção do Nordeste, onde o índice registrou estabilidade. Na análise por classes sociais, se observam reduções nas confianças das classes AB e C, além de estabilidade para a classe DE.
Para o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, não é boa a percepção das famílias. ”Se aprofundou uma percepção negativa das famílias em relação à sua situação financeira atual, com nova diminuição na segurança no emprego. Além disso, as expectativas positivas sobre a situação financeira futura das famílias e as evoluções do País e da região de moradia apresentaram relativo recuo em relação a fevereiro”, explicou.
A deterioração da percepção sobre a situação atual e o menor otimismo em relação ao futuro também se refletiram na relativa estabilidade da proporção de entrevistados interessados em comprar itens de maior valor como carro, casas e bens duráveis, tais como geladeira e fogão ou realizar investimentos.
A continuidade da desaceleração da atividade econômica, reduzindo a geração de empregos, e a inflação ainda elevada, que corrói a renda das famílias, explica esse resultado que, entretanto, ainda não é indicativo de mudança na tendência crescente exibida pela confiança do consumidor desde maio de 2021.
Ainda para Ruiz de Gamboa, “a evolução futura continuará a depender do desempenho da economia durante os próximos meses. As incertezas provocadas pela demora do Governo Federal em definir o novo arcabouço fiscal aumentam as expectativas da inflação, dificultando a redução da taxa básica de juros (SELIC) e a possível geração de crescimento mais vigorosa da atividade econômica”, complementa.
Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 128 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.
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Por ACSP