A segunda edição do Women Entrepreneur Forum (WeForum), um dos maiores encontros globais de mulheres empreendedoras e CEOs, organizado pelo CMEC (Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura), CACB (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil) e WICCI (Women’s Indian Chamber ofCommerceandIndustry), iniciou nesta terç-feira (21) levantando uma bandeira de interesse global: igualdade de gênero. O quinto painel do evento abordou um panorama do setor energético brasileiro e mundial, a ascensão das fontes renováveis e os desafios para o gênero feminino na energia.
Embora as mulheres representem quase metade da população mundial, a igualdade de gênero é um desafio, o encontro é a chance de ampliar a voz feminina no setor, criando um local de fala para acolher as trabalhadoras da área. Participaram do painel, Marianne Feldmann, vice-presidente da Wicci, como moderadora, Roseane Santos, conselheira de administração na CCEE, Wilson Ferreira Jr, presidente Eletrobras, NaluFeracioli, CEO Latam de Transmission Services na Siemens, Energy e Paula Altavilla, CEO da Schneider Electric para Argentina, Paraguai e Uruguai.
Transição Energética
O desenvolvimento sustentável, as mudanças climáticas, as inovações tecnológicas, a digitalização, o uso eficiente dos recursos energéticos e as fontes de baixo carbono, estão entre os que embasam a transição energética.
“A transição energética é o tema mais importante do século, vimos um aumento de efeitos extremos e 70% da emissão de carbono é para gerar eletricidade, a substituição dessa emissão é profundamente necessária. O Brasil é um bom exemplo para o mundo já que 86% da nossa geração de energia é renovável ” declarou Wilson Ferreira Jr, presidente da Eletrobras.
Para Roseane Santos, conselheira de administração na CCEE, o setor elétrico passou por uma grande revolução tecnológica que colocou o consumidor como o pilar central.
“Hoje nós não podemos escolher de quem compramos energia, mas em 2024 os consumidores livres poderão escolher e os consumidores cativos também poderão em 2026, essa é a perspectiva, esse é um momento importantíssimo para o empoderamento do consumidor” afirmou a conselheira.
Empoderamento feminino
No setor de energia, as mulheres estão significativamente sub-representadas, formando apenas 32% da força de trabalho no segmento de energia renovável, e somente 21% da força de trabalho eólica, segundo pesquisa divulgada pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena).
“Sempre tivemos metas em relação a porcentagem de mulheres na empresa, a Eletrobras é uma companhia que poderá contratar mais mulheres estando no setor privado. A nossa meta é trazer cada vez mais mulheres na liderança e já passamos de 30%. É importante ressaltar que não é apenas uma questão de gênero, mas uma questão de diversidade” destacou o presidente da Eletrobras.
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Por ACSP