São Paulo, 30 de março de 2020. A crise que o Brasil atravessa em decorrência da pandemia do novo coronavírus exige grandeza e discernimento por parte dos governantes em seus vários níveis.
A Federação das Associações Comerciais de São Paulo e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) apoiaram as medidas restritivas das atividades empresariais impostas pela Prefeitura e pelo Governo do Estado até o fim da primeira semana de abril.
Entenderam sua necessidade para reduzir a expansão da pandemia e permitir que o sistema de saúde tivesse tempo para se preparar para o atendimento da população.
Alertaram, porém, que tais restrições deveriam durar o menor tempo possível, considerando-se seu impacto negativo, não apenas sobre as atividades econômicas mas, sobretudo, sobre a vida dos segmentos menos favorecidos da população.
Chamaram também atenção para a necessidade de medidas do setor público que garantissem a sobrevivência das empresas, especialmente as menores, preservando assim empregos.
Ponderaram ainda sobre a necessidade de ajuda para os que trabalham por conta própria e de maneira informal.
Encaminharam às autoridades pleitos em relação à suspensão do pagamento de impostos, como forma de apoiar os empreendedores, retendo ao máximo a escalada do desemprego.
Enquanto se aproximam as datas limites para o fim da paralisação, as entidades observam algumas primeiras iniciativas das autoridades no sentido de apoiar as empresas e proteger os empregos. São, no entanto, ainda tímidas quando contrapostas à magnitude da crise que se avizinha.
As entidades vêm a público clamar que as autoridades se unam em um esforço centralizado para coordenar a gestão desta crise do novo coronavírus.
Reforçam também seu entendimento quanto à responsabilidade de todos neste momento e declara não apoiar a desobediência civil. Porém, sugerem que os governantes reflitam sobre a possibilidade de flexibilizar os prazos para o final da paralisação, antecipando-os.
Entendem que é possível organizar o retorno paulatino e cuidadoso das atividades não essenciais do comércio e dos serviços, desde que sejam adotadas medidas que respeitem às orientações das autoridades de saúde no que diz respeito à não aglomeração de pessoas, à correta forma de higienização dos estabelecimentos, ao resguardo dos profissionais pertencentes aos grupos de risco e outras.
A crise do Novo Coronavírus afeta não apenas a segurança física e psicológica da população, mas de forma decisiva as atividades econômicas, essas também importantíssimas para o bem-estar de todos.
Promover o equilíbrio entre a proteção da saúde e da economia é agora a grande missão do país. Não é uma decisão fácil, mas necessária. A FACESP e a ACSP vêm mantendo contato com as autoridades, levando informações e sugestões, e continuam à disposição para continuar a colaborar na busca das melhores alternativas para amenizar a difícil situação enfrentada pela população brasileira. Manifestam a certeza de que o Brasil superará a crise e sairá dela mais fortalecido e unido.
Alfredo Cotait Neto
Presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo e da Associação Comercial de São Paulo
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Danielle Pessanha
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Sobre a Facesp: A Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), com 56 anos de existência, promove a união das "forças vivas" do Estado de São Paulo, estimulando os empreendedores paulistas a participar da vida política, econômica e social do Estado e do País. É uma entidade de âmbito estadual, com a missão de integrar o empresariado paulista por meio das Associações Comerciais de cada município, atuando em ações que tenham por objetivo a luta pelas liberdades individuais, o apoio à livre iniciativa, a unidade da classe empresarial e a garantia da democracia e do desenvolvimento. Atualmente, mais de 420 Associações Comerciais integram a Facesp e lutam, juntas, pela bandeira do empreendedorismo.
Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 125 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.
Por ACSP