Empreendedorismo em todas as idades: dicas valiosas de empresárias experientes e jovens talentosas no Liberdade para Empreender

O 4º Encontro Liberdade para Empreender reuniu histórias reais de sucesso e mostrou que não existe idade para empreender, não importa se você tenha 11 ou 70 anos. O evento, conhecido como o maior encontro de empreendedorismo feminino do Brasil, é organizado pelo Conselho Nacional da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC) e reúne mulheres empreendedoras de todo Brasil. Neste ano, mais de mil participantes se juntaram para troca de experiências, network e busca de oportunidades para o crescimento dos seus negócios. 

Uma dessas mulheres é Nina Frainer, que, aos 15 anos, já é atriz, cantora, comediante, escritora e até sanfoneira. Sua trajetória no empreendedorismo começou aos seis anos, quando ela sonhava em conhecer a Disney, mas sua família não tinha condições financeiras para bancar a viagem. Entre participação de concurso de beleza, venda de artesanato entre amigos da escola e o lançamento de um livro infantil, ela conseguiu dar os primeiros passos. "Lancei meu segundo livro na Bienal de São Paulo", comenta. Hoje ela tem 10 livros publicados e o sonho da Disney realizado.

Não somente ela usa sua arte para empreender. As amigas Letícia Waisman e Gabriela Moscovic, de 16 anos, também são jovens empreendedoras, com uma visão muito clara sobre esse universo. "O empreendedorismo não é necessariamente ganhar dinheiro, é realizar, tomar iniciativa", diz Gabriela, que com sua visão inovadora desenvolveu um projeto de telemedicina para solucionar problemas no SUS. "Nosso papel é motivar os jovens a não desistir e encontrar o caminho para poder empreender", reconhece Leticia Waisman, que chegou a levar seu projeto para a ONU.

Enquanto as jovens estão explorando as possibilidades, mulheres mais experientes veem as redes sociais como forma de continuar em atividade após alcançar a maturidade. Esse é o caso de Margarida Arcebispo, cozinheira e influenciadora 60+, ex-participante do MasterChef Brasil, que descobriu o ambiente digital a pouco tempo. "Eu gostava muito de contar história e fazer receitas e passei a postar tudo na internet", conta. Ela aposta no amor como o melhor tempero da vida, inclusive no ambiente digital. "Tudo o que você faz, mesmo na internet, precisa imprimir o amor. Você precisa se amar. Faça algo que te agrada e te faça feliz, isso vai agradar os outros", sugere.

Outra dica valiosa vem de Vanessa Palazzi. Aos 52 anos, ensina que as mídias sociais não têm idade e nem gênero. "Quando eu comecei eu era uma blogueira de 40 anos, hoje sou uma influenciadora digital de 50+. Estamos abrindo caminhos para novas gerações. É desafiador, mas prazeroso e podemos ganhar dinheiro com o ambiente digital", diz. Segundo a jornalista, as redes sociais são boas para quem empreende e para quem vende qualquer coisa pela internet, basta não ter vergonha de errar e trabalhar bem a autoestima. "Vencer a vergonha é um desafio importante. Se exponham, livrem-se do julgamento. Não precisamos ser perfeitas, nossa imperfeição é vista como talento por muitas pessoas".

"Hoje as redes sociais têm um papel importante para a mulher madura, que está entrando na terceira idade. Temos problema de solidão e as pessoas querem se comunicar. As redes sociais são uma solução para isso", enfatiza a escritora Patrícia Mauah Toledo. Quem é testemunha disso é Alessia Colombo, que descobriu o empreendedorismo após o falecimento de seu marido. Hoje ela é referência no ambiente virtual e ensina: "Leve para as mídias sociais o seu conhecimento da maneira mais pura e simples possível. Eu ensino nas redes o que minha avó me ensinava. O simples é o mais maravilhoso que você pode publicar".

Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 127 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.

Sobre o CMEC: O Conselho Nacional da Mulher Empreendedora e da Cultura atua como um fórum de referência de estudos, debates e inspirações à mulher empreendedora, além de desenvolver ações, campanhas e projetos sociais e culturais. Também atua como instrumento para que lideranças femininas discutam seus problemas e apresentem propostas que mobilizem a comunidade empresarial e a sociedade organizada. Possui mais de 600 conselhos da mulher, distribuídos entre as cidades do Estado de São Paulo e presente nas 2.500 associações do Brasil. 

Por ACSP