Índice de Confiança do Consumidor Paulista cai 1,8% em dezembro

São Paulo, 5 de janeiro de 2024 - O Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP), elaborado pela PiniOn para o Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP), registrou 110 pontos em dezembro, uma redução de 1,8% em relação a novembro. Contudo, em comparação com o mesmo mês de 2022, houve elevação de 6,8%. Com essa queda mensal, foi interrompida uma sequência de quatro aumentos consecutivos, mas ainda não pode ser considerada uma mudança de tendência. De todo modo, o ICCP permanece no campo otimista (acima de 100 pontos).

Na composição do índice, pioraram a percepção das famílias em relação à sua situação financeira e de emprego atuais, e, principalmente, as expectativas futuras sobre as variáveis anteriores e a economia brasileira. Também se destaca a redução da segurança no emprego. “Essa piora generalizada da confiança se refletiu na redução da disposição a comprar itens de maior valor, tais como carro e casa, e na disposição a investir”, afirma o economista do Instituto Gastão Vidigal (IEGV/ACSP), Ulisses Ruiz de Gamboa.

No recorte de classes socioeconômicas, o resultado seguiu sendo misto, registrando-se um leve aumento da confiança das famílias residentes no Estado de São Paulo pertencentes às classes C e DE, além de uma importante diminuição para as da classe AB.

Capital

Já o Índice de Confiança do Consumidor da Cidade de São Paulo (ICCSP) alcançou 99 pontos em dezembro, uma retração de 4,8% em relação a novembro e elevação de 5,3% na comparação com o mesmo mês de 2022. Essa é a segunda redução mensal consecutiva do ICCSP e de sua volta ao campo pessimista (abaixo de 100 pontos). Tal como ocorreu na pesquisa estadual, as percepções com relação às situações atual e futura de emprego e renda mostraram piora, levando a maioria dos entrevistados a manifestar menos interesse em comprar bens de maior valor, além de investir.

Com relação à evolução da confiança dos consumidores da cidade de São Paulo, distribuídos por classes socioeconômicas, houve um pequeno avanço para a classe DE, um importante recuo para a classe AB e estabilidade para a classe C.

“Em síntese, os resultados do ICCP e do ICCSP de dezembro apresentaram reduções em termos mensais, com pioras relativas das percepções em relação às situações de renda e emprego atuais e futuras, interrompendo sequências de altas consecutivas”, pontua Ruiz de Gamboa. “Ainda não se pode interpretar esses resultados como uma mudança de tendência, mas refletem provavelmente a desaceleração da economia, num contexto de elevado endividamento das famílias e juros ainda muito elevados”.

 

 

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Por ACSP