São Paulo, 14 de novembro de 2022 - De acordo com pesquisa realizada pela ACSP/PiniOn com famílias residentes no Estado de São Paulo (895), 40,3% dos entrevistados pretendem comprar na Black Friday, 36,5% responderam que não têm intenção de fazê-lo, enquanto 24,2% ainda não sabem. A exemplo do que ocorreu a nível nacional, na comparação com o ano passado, houve importante aumento da proporção dos que manifestaram intenção de compra, e apreciável diminuição da importância dos que não pretendem adquirir presentes.
Com relação ao motivo de comprar durante a Black Friday, 18,7% dos consultados declararam ter intenção de antecipar compras para o Natal, 50,1% têm interesse em adquirir itens que estejam precisando, enquanto a maioria (55,2%) respondeu que deseja comprar para aproveitar as grandes promoções e descontos que são oferecidos somente nesta data.
Esses resultados sugerem que, tal como ocorreu com a pesquisa nacional, não deve haver "canibalização" importante das compras de Natal, aumentando a chance de maior crescimento das vendas do varejo, tanto em novembro como em dezembro.
Do grupo de entrevistados que planejam realizar compras no período, 43,2% pretendem gastar mais do que em 2021, enquanto 24,5% desejam o contrário. Em termos do nível de gasto, repetindo a tendência nacional, a grande maioria (59,5%) pretende gastar acima de R$ 300, o que poderia ser explicado pelo avanço da ocupação e o efeito positivo sobre a renda da injeção de recursos do Governo Federal.
A pesquisa também apontou que, a exemplo do que foi captado a nível nacional, a maioria das compras seria realizada em grandes redes do varejo (68,3%) e de forma remota, pelo computador, celular ou tablet (61,4%), como é de costume na Black Friday.
Na tabela abaixo, apresentamos as principais categorias de bens e serviços que fazem parte da intenção de compra dos entrevistados, assim como a forma de pagamento.
Nas intenções de compra captadas, tal como no ano passado, e também do ponto de vista nacional, continuam predominando, em termos individuais, roupas, calçados e acessórios (38,9%), celular (32,9%), perfume (21,2%), móveis e artigos para o lar (22,9%), computador, notebook e tablet (23,8%), televisor (17,7%) e artigos de linha branca (42,8%). Chama a atenção que, em geral, à diferença dos resultados de 2021, existe maior preferência pelo pagamento à vista, o que poderia refletir o encarecimento do crédito.
É tradicional que artigos eletroeletrônicos apresentem a maior intenção de compra durante a Black Friday, contudo, itens de uso pessoal continuam se destacando, o que pode estar vinculado tanto à ausência das restrições de mobilidade social, como ao fato de que, em geral, são produtos de menor valor, num contexto de situação financeira ainda relativamente difícil.
Por sua vez, o fato de que a Copa do Mundo se inicie em menos de uma semana da Black Friday também exerce alguma influência sobre as intenções de compra, onde aparecem artigos esportivos. A pesquisa também permite abertura da composição dessa intenção de compra, onde se destacam principalmente roupa para praticar esporte (23,4%), camisa da seleção brasileira (23,0%) e calçados para praticar esporte (22,3%).
A pesquisa também permitiu obter as intenções de compra de uma amostra de residentes na cidade de São Paulo (273). Em linhas gerais, os resultados desse recorte seguem as tendências estaduais, tal como mostra a Tabela 2, que contém as principais categorias de bens e serviços associados a essas intenções de compra municipais. Nessas categorias se destacam os artigos esportivos com o dobro da intenção de compra em relação à pesquisa para o Estado como um todo.
Portanto, os paulistanos também, em sua maioria, pretendem comprar em grandes redes de varejo (73,2%), de forma remota (61,4%) itens que custam acima de R$ 300 (59,5%). Tal como no Estado como um todo, a maior parte dos entrevistados pretendem gastar mais neste ano (36,3%), enquanto 28,7% desejam o contrário, com 18,7% ainda indecisos.
As principais diferenças dos entrevistados residentes na capital paulista em relação ao Estado como um todo se referem a uma propensão levemente menos marcada para adquirir presentes: 39,4% pretendem comprar, enquanto 37,5% manifestaram desejo contrário, com 23,0% indecisos. Outra diferença importante está em que a maioria dos consultados (60,3%) deseja adquirir itens que estão precisando, enquanto 54,1% pretendem aproveitar as promoções e descontos. Por sua vez, tal como no Estado, a participação da intenção de compras antecipadas para o Natal foi menos expressiva (18,7%).
Em síntese, tal como pode ser inferido no caso da pesquisa nacional, as perspectivas para as vendas da Black Friday no Estado e na Cidade de São Paulo sugerem um resultado superior a 2021, principalmente em decorrência da elevação da ocupação e da injeção de recursos oriundos do Governo Federal.
Adicionalmente, as intenções de compra reveladas pelas pesquisas regionais apresentam destaque não somente para artigos eletroeletrônicos, como também para aqueles de uso pessoal. A proximidade da Copa do Mundo deverá produzir uma antecipação das promoções e descontos característicos do período, para aproveitar o interesse na aquisição de produtos relacionados ao evento, notadamente televisores e artigos esportivos.
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Por ACSP
