Presidente da ACSP participa de reunião com prefeitura e lideranças sobre políticas de combate ao coronavírus

São Paulo, 14 de abril de 2020.  O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alfredo Cotait Neto, e dirigentes de grandes entidades se reuniram com secretários municipais de São Paulo na manhã da segunda-feira (13) e reforçaram seu apoio às políticas de combate a pandemia de coronavírus (Covid-19). Eles também avaliaram a proposta de criação de duas “janelas” para abertura dos estabelecimentos considerados essenciais: uma às 6 horas e outra às 11 horas. O varejo, de modo geral, continuará fechado pelo menos até o dia 24 de abril.

Cotait fez um apelo ao governo para que haja mais flexibilização no isolamento social, um plano para retomada das atividades quando a epidemia estiver controlada e medidas de ajuda para os comerciantes que permanecem com as portas fechadas, ou que trabalham em regime de delivery.

“Precisamos que haja um plano de saída para que o empresário também possa se planejar. Há uma necessidade de que o comércio seja reaberto e o governo precisa sinalizar quando isto vai acontecer”, diz Cotait. “Uma ideia seria abrir de forma escalonada. Por exemplo, as pequenas empresas podem abrir com movimento reduzido, recebendo o público individualmente. ”, propõe.

Segundo Cotait, ainda faltam contrapartidas do governo, postergação do Imposto por Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Imposto Sobre Serviços (ISS) e o Imposto Territorial Urbano (IPTU) por 90 dias, para que os empresários possam se manter em funcionamento, apesar das portas estarem fechadas. “O varejo está vivendo uma situação dramática."

 

Foram enviadas a prefeitura uma série de solicitações dos empresários, como a postergação do pagamento de IPTU em 18 meses, a suspensão por seis meses dos PEPs (Programas Especiais de Parcelamento), flexibilização das entregas, inclusive com isenção de zona azul, suspensão do rodízio e antecipação de 13º para aposentados do setor público. No entanto, segundo Francisco de La Torre, vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), as demandas ainda não foram atendidas.

“O que tem de ser mandatário neste momento é o protocolo de saúde. Porém, nós precisamos de previsibilidade e um apoio bem maior por parte do poder público para financiar as empresas para atravessarmos esta crise. Caso contrário, nós salvaremos as vidas, mas mataremos as empresas”, alerta de La Tôrre.

A proposta da prefeitura consiste em criar dois horários para o início das atividades consideradas essenciais, tanto do comércio e serviços quanto das indústrias, exceto às de funcionamento 24 horas. A ideia é reduzir a quantidade de pessoas nas ruas, nos terminais intermodais e no transporte coletivo no horário de pico da manhã. A expectativa é de que haja uma redução de 201 mil pessoas circulando para 133 mil às 6 horas.

Para Cláudio Tartarini, da Associação Brasileira de Telesserviços (ABT), nenhum dos horários das atividades contempla a demanda do serviço de call center. “As 6 horas da manhã ninguém liga para central de atendimento. E se colocar todo mundo para trabalhar às 11h, com turnos de 6 horas, não terei posições suficientes para todos os trabalhadores, uma vez que o atendimento vai só até às 21h, por questões de segurança”, alerta.

As farmácias, exceto as que funcionam 24 horas, também teria seus horários de abertura alterados. De acordo com Serafim Branco, da Associação Brasileira Redes Farmácias e Drogaria (Abrafarma), a medida pode prejudicar a população.

“O grande pico de funcionamento das farmácias é pela manhã. Tem muita gente que passa mal durante a noite e vai buscar seu medicamento assim que a farmácia mais próxima abre. Não sei até que ponto a população ficaria desguarnecida tendo de esperar até as 11h para poder ser atendida”, diz.

 

Comércio pode reabrir a partir do dia 24

Segundo Mauro Ricardo Machado Costa, secretário de governo municipal, é possível que haja uma abertura gradual do comércio a partir do dia 24 de abril. “Dependendo do que acontecer nestes próximos dias com relação ao avanço da epidemia. Vamos fazer esta experiência e dependendo de como for, espero que possamos ampliar para outros setores”, diz.

Participaram do encontro, por videoconferência, Alfredo Cotait Neto, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Francisco de La Tôrre, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Carlos Correa, da Associação Paulista de Supermercados, Serafim Branco, da Associação Brasileira Redes Farmácias e Drogaria (Abrafarma), Reinaldo Pedro Correa, do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo (Sincomavi), Aldo Macri, do Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas-SP) e Cláudio Tartarini, da Associação Brasileira de Telesserviços (ABT), além de Mauro Ricardo Machado Costa, secretário de governo municipal. Edson Caran, secretário de Mobilidade e Transportes, Marcos Vinicius Sinval, secretário de Comunicação, Aline Cardoso, secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, Edson Aparecido, secretário da Saúde.

 

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Danielle Pessanha
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Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 125 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por ACSP