ACSP condecora Instituto Butantan e Fundação Padre Anchieta com o Colar Carlos de Souza Nazareth

São Paulo, 6 de outubro de 2021 — A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), por meio do seu Comitê de Civismo de Cidadania (COCCID), condecorou, na última terça-feira, 6 de outubro, o Instituto Butantan e a Fundação Padre Anchieta com o Colar Carlos de Souza Nazareth. As duas instituições foram agraciadas por suas práticas na luta contra a pandemia da Covid-19 e em prol da saúde dos paulistas e brasileiros.

Simbolizando a luta pela liberdade e pela construção de um futuro justo, a honraria do colar carrega o nome de Carlos de Souza Nazareth, que foi presidente da ACSP durante a eclosão da Revolução Constitucionalista de 1932, a qual marcou os esforços paulistas em busca de uma nova Constituição e da democracia.

"Fico muito agradecido pela homenagem, a qual levarei e farei chegar a todos os colaboradores que contribuem para que o Instituto Butantan proteja a vida e a saúde das pessoas", afirmou o Presidente do Instituto Butantan, Dr. Dimas Covas, que esteve presente no evento de entrega do Colar.

Já a Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura, foi representada por seu presidente, José Roberto Maluf, que agradeceu a lembrança do COCCID da ACSP e reiterou os laços entre a fundação que preside e a sociedade. "Fico muito honrado por receber esse prêmio em nome da Fundação Padre Anchieta, cuja lembrança da Revolução Constitucionalista de 1932 segue viva em prol daqueles que entregaram a vida pelo ideário paulista", comentou.

Desde 2002, ano em que foi criado o COCCID, os conselheiros incluíram entre os objetivos do comitê a instituição de uma honraria destinada a homenagear pessoas físicas e jurídicas que se destacassem pela prática de ações de relevo em prol do bem comum, inspiradas no civismo e aperfeiçoamento da sociedade.

Carlos de Souza Nazareth foi figura providencial durante toda a campanha constitucionalista paulista no início da década de 30, dando todo apoio logístico e sistema de suprimentos ao exército constitucionalista.

 

ACSP na Revolução

Em 1932, sob a presidência de Carlos de Souza Nazareth, a ACSP participou das tentativas de diálogo com o governo ao lado de outras lideranças, reivindicando respeito a SP e à autonomia do estado - o que vinha sendo negado pelo então presidente Getúlio Vargas, que revogou a Constituição e centralizou a administração política e econômica do país. 

Quando ficou evidente que não havia possibilidade de acordo com Getúlio, a Associação, acompanhando o sentimento geral da população paulista, engajou-se na campanha pela defesa de uma Constituinte imediata, que culminou na deflagração da Revolução. 

A entidade assumiu funções de suporte ao movimento: cuidou das finanças, da intendência e do abastecimento; colaborou para o alistamento; ajudou na captação e distribuição de donativos. Fez também a campanha "Ouro para o bem de SP", cujos recursos remanescentes foram doados à Santa Casa de Misericórdia. 

Vencido no campo militar, devido à superioridade de recursos do governo federal, o Estado de SP foi vitorioso no plano moral por lutar pelo Estado e pelo Brasil. Por ter assumido a responsabilidade pela participação das classes empresariais paulistas na Revolução, Carlos de Souza Nazareth foi preso e exilado. Mas viu seus ideais vencerem, quando em 1934 foi convocada a Constituinte, pela qual ele tanto lutara.

Por ACSP