CLASSES AB e C ESTÃO MAIS CONFIANTES NA RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA

O Índice Nacional de Confiança do Consumidor Brasileiro (INC), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), apontou que, em maio, as classes A e B (com 101 pontos) e C (com 102) começaram a mostrar otimismo em relação à economia do País.

É a primeira vez, desde o início da pandemia, que os brasileiros com renda familiar maior do que R$ 1,8 mil por mês (que compõem a Classe C) acreditam em melhores perspectivas para sua situação financeira.

Mas, apesar da visão positiva por parte dessa fatia da população, o índice geral de confiança ainda ficou no campo pessimista, puxado pelas classes D e E, cujo nível foi bastante inferior ao registrado para as demais, com 59 pontos. Já em relação a maio do ano passado, registrou um aumento de 19,7%. Trata-se do extrato socioeconômico mais afetado pelo desemprego e pela queda no poder aquisitivo”, pontua Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.

Para ele, o aumento da mobilidade social explicaria grande parte da melhora da confiança da classe AB. “Por outro lado, as injeções de recursos oriundos do saque do FGTS, da antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas, do Auxílio Brasil, além da ampliação do crédito consignado, estariam por trás do aumento da confiança da classe C”, emendou.

“De uma forma geral, a confiança do consumidor apresenta tendência de crescimento, embora retrate um consumidor ainda cauteloso”, concluiu.

A tendência crescente da confiança foi mantida em quase todas as regiões do País, principalmente no caso do Centro-Oeste, beneficiado pelo desempenho do agronegócio.

O Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP) de maio, um recorte do Estado de São Paulo do indicador nacional da ACSP, ficou em 87 pontos

Embora os índices sejam mais baixos do que o nacional, o comportamento é praticamente o mesmo do INC. Foram entrevistadas 893 pessoas na capital, região metropolitana, litoral e interior. 

A pesquisa é realizada pela PiniOn, que aplicou o questionário em 1.732 pessoas no Brasil.

Por ACSP