O Conselho de Orientação e Serviços (COS) do Núcleo de Assuntos Societários (NAS), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), promoveu, na sexta-feira (11), o webinar “Economia digital: como a tokenização deve impactar os negócios”, realizado pelo Dr. Erik Oioli, sócio-diretor de mercado de capitais da VBSO Advogados e especialista em regulação do mercado financeiro e de capitais pela Escolha de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Realizado no formato híbrido, o encontro foi conduzido por Humberto Gouveia, coordenador do órgão de consulta da ACSP. Para ele, “Oioli tem contribuído significativamente para a discussão sobre a tokenização no mercado financeiro brasileiro”.
Durante a palestra, foi abordado como a tokenização — processo de transformação de ativos em representações digitais por meio da tecnologia blockchain — vem ganhando espaço nos mercados e quais são os reflexos esperados para as empresas de diversos setores.
Além de trazer uma análise prática e jurídica do tema, o evento promoveu um debate sobre inovação, transformação digital e as oportunidades de negócios que surgem com a nova economia baseada em ativos digitais.
Segundo Oioli, a autorregulação na tokenização é um indicativo do amadurecimento do setor, preparando-o para crescer na economia digital ao criar padrões que aumentam a transparência e a segurança para todos os participantes do mercado. “A tokenização tem o poder de democratizar o acesso a ativos, reduzir custos operacionais, abrir novas formas de engajamento com clientes e revolucionar o financiamento empresarial. Ainda é um campo em desenvolvimento, mas as oportunidades são enormes para quem souber percorrer o caminho”.
“O blockchain pode melhorar a segurança e velocidade das transações financeiras, reduzindo a necessidade de intermediários. Enquanto a tokenização permite a criação de ativos digitais que representam valores como moedas, ações e títulos”, destacou o palestrante.
Drex, moeda digital do Banco Central
Oioli afirmou que o sistema financeiro brasileiro, em breve, passará por uma grande mudança liderada pelo Drex, a moeda digital do Banco Central, em uma infraestrutura de blockchain, existindo exclusivamente no ambiente online. “Isso significa que as possibilidades serão ainda maiores, pois a moeda digital estará integrada ao sistema de pagamentos do Banco Central, tornando as operações mais rápidas, seguras, econômicas, aumento de eficiência e redução de intermediários”.
Vale ressaltar que o Drex é um ativo digital centralizado na figura do Banco Central e dos bancos que integrarem essa rede. Já o Bitcoin, o criptoativo é descentralizado, ou seja, não há uma autoridade central que o regule.
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Por ACSP - 11/04/2025