São Paulo, 03 de dezembro de 2020 – O Índice do Consumidor Paulista (ICP) de novembro, pesquisa realizada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) junto à startup de tecnologia Behup, apontou leve queda da confiança do consumidor do Estado na economia para o futuro comparada a outubro. O mês fechou em 83 pontos, dois a menos que o anterior e o mesmo índice de agosto e setembro. Esse número dá uma leve freada na tendência de curva gráfica ascendente que vinha sendo registrada desde o relaxamento do isolamento social. Pode-se afirmar, no entanto, que em momento algum a população do Estado mostrou-se otimista em 2020. A análise, que vai de 0 a 200 pontos, registrou 102 pontos de confiança em fevereiro, o melhor número registrado no ano. Este valor de medição despencou aos 73, no auge da crise da pandemia em maio e junho, começou a se recuperar, desde então, e agora, pela primeira vez, apresenta um pequeno decréscimo. As incertezas, relacionadas principalmente às condições do emprego, são as que mais preocupam a população.
Desde o início do isolamento social, o receio de ficar desempregado cresceu. Até fevereiro, a maioria dos entrevistados para o ICP diziam estar mais seguros no emprego, na comparação com seis meses antes. A partir de março, os receosos em perder o emprego passaram a ser maioria. No mês de novembro, 37%, dos 851 entrevistados para o levantamento, disseram estar menos seguros quanto à estabilidade no emprego. O número daqueles que disseram estar mais seguros é menor, 28% da amostragem.
A preocupação tem fundamento. Segundo o levantamento, 66% dos entrevistados afirmaram conhecer alguém que perdeu o emprego nos últimos seis meses por causa das condições da economia. Diante dessa realidade, quando o brasileiro olha para a frente, as perspectivas não são as melhores. Para 53% dos ouvidos para o INC em novembro, o desemprego vai aumentar.
As finanças pessoais também preocupam os brasileiros, que perderam renda como consequência da paralisação da economia. A pesquisa apontou que 44% dos entrevistados consideraram a própria situação financeira ruim. Aqueles que a consideram boa foram 29%.
“Para a economia, o ano está perdido”, afirma Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). “O que nos resta é recuperar em 2021 o que ficou para trás em 2020 e buscarmos condições para que os índices cheguem aos que foram registrados no começo deste ano, quando não havia pandemia”, emendou.
Tamer Comunicação
Por ACSP