Temas em Análise 267: Varejo tem Desempenho Fraco no Começo do Ano, mesmo sem ainda ser Afetado pelo Coronavírus

 

VAREJO TEM DESEMPENHO FRACO NO COMEÇO DO ANO,
MESMO SEM AINDA SER AFETADO PELO CORONAVÍRUS

 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do varejo restrito (que não inclui veículos e material de construção) cresceram apenas 1,3%, frente ao mesmo mês de 2019 (ver tabela abaixo), enquanto no ampliado (que inclui todos os segmentos) o aumento foi de 3,5%. Em 12 meses, houve alta de 1,8% e 3,9%, respectivamente, mantendo o ritmo lento do final do ano passado.

Na comparação anual, móveis e eletrodomésticos e veículos apresentaram as altas mais expressivas, explicadas pelo aumento do crédito à pessoa física e pela redução da taxa de juros, enquanto os demais segmentos que exibiram expansão, em geral, se beneficiaram dos aumentos do emprego e da renda. Na contramão, hiper e supermercados, que representam quase metade da amostra, mostraram queda no volume de vendas, decorrente dos maiores preços dos alimentos.

Em síntese, as vendas do varejo começaram o ano mantendo a marcha lenta observada no final do ano passado. A perspectiva para os próximos meses é incerta, pois dependerá da duração e extensão do coronavírus em nosso País, que levou ao fechamento do comércio. De todo modo, espera-se uma contração acentuada do volume de vendas, que poderia ser atenuada, em parte, pelo desempenho provavelmente positivo dos ramos supermercadista e farmacêutico, e pelas medidas econômicas compensatórias anunciadas pelas autoridades econômicas.

 

Por IEGV - Instituto de Economia Gastão Vidigal