Temas em Análise 290: Varejo Segue em Retomada, em Setembro

VAREJO SEGUE EM RETOMADA, EM SETEMBRO

Em setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do varejo restrito (que não inclui veículos e material de construção) e do ampliado (que considera todos os setores) apresentaram aumentos de 7,3% e 7,4%, respectivamente, em relação ao mesmo mês de 2019 (ver tabela ao final). No acumulado do ano, houve estabilidade e queda de 3,6%, respectivamente, enquanto, em 12 meses, foram registradas alta de 0,9% e contração de 1,4%.

No comparativo anual, se destacaram positivamente as vendas de materiais de construção, móveis e eletrodomésticos, farmácias, bens de uso doméstico e supermercados. Os volumes comercializados de veículos, confecções, artigos de escritório e informática continuaram apresentando recuos. Apesar desses resultados heterogêneos, a evolução do varejo restrito, nessa mesma base de comparação, sinaliza continuidade da retomada do varejo restrito, como pode ser apreciado no gráfico abaixo.

Essa retomada poderia ser explicada pelo impacto positivo do auxílio emergencial, pelas menores taxas de juros, pela flexibilização das medidas de isolamento social e pela recuperação da confiança do consumidor, de acordo com o Índice Nacional de Confiança do Consumidor (INC), medido pela pesquisa realizada em conjunto pela ACSP/Behup.

 

 

Em síntese, o varejo, em setembro, seguiu apresentando recuperação, que poderá atenuar-se durante os próximos meses com a diminuição, e o posterior término, do auxílio emergencial, num contexto de elevado desemprego. De todo modo, a manutenção de juros baixos, impulsionada pelo baixo nível da taxa básica (SELIC) e pela maior concorrência bancária, promovidos pelo Banco Central, a ampliação da flexibilização das medidas de isolamento e o aumento da confiança do consumidor são fatores que tendem a afetar positivamente o comércio.

 

Por IEGV - Instituto de Economia Gastão Vidigal