VAREJO SEGUE DESACELERANDO, PORÉM, MANTENDO PERSPECTIVA
DE LEVE CRESCIMENTO DURANTE OS PRÓXIMOS MESES
As vendas do varejo restrito (que não incluem veículos e material de construção) e do ampliado (que consideram todos os segmentos) apresentaram, em novembro, recuos de 4,2% e 2,9%, respectivamente, em relação ao mesmo mês de 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (ver Gráfico 1 e tabela na página seguinte). No acumulado em 12 meses, os volumes comercializados continuaram mostrando aumentos de 1,9% e 5,1%, respectivamente, contudo, inferiores aos observados na leitura anterior.
Esses resultados evidenciam a continuidade da “perda de fôlego” do varejo, ocorrida a partir de agosto, num contexto de menor poder aquisitivo das famílias, corroído pela inflação, encarecimento do crédito e elevado desemprego. No contraste anual, somente artigos farmacêuticos, por tratar-se de itens essenciais, e veículos, devido à menor base de comparação do ano passado.
Em síntese, o varejo, em novembro, continuou “perdendo fôlego”, porém mantendo a perspectiva de crescimento moderado, puxado pelo efeito positivo do Auxílio Brasil e pela melhora das expectativas das famílias em relação à sua situação financeira futura.
Baseado nesses dados e em informações de operações de crédito e taxa de juros, as projeções do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) apontam para um aumento de 2,0% nas vendas do varejo restrito para 2021 e para a continuidade dessa desaceleração durante o primeiro trimestre do ano, tal como pode ser visualizado no Gráfico 2.
Por IEGV - Instituto de Economia Gastão Vidigal