Temas em Análise 315: Varejo segue Desacelerando, porém, mantendo Perspectiva de Leve Crescimento durante os próximos meses

VAREJO SEGUE DESACELERANDO, PORÉM, MANTENDO PERSPECTIVA
DE LEVE CRESCIMENTO DURANTE OS PRÓXIMOS MESES

 

As vendas do varejo restrito (que não incluem veículos e material de construção) e do ampliado (que consideram todos os segmentos) apresentaram, em novembro, recuos de 4,2% e 2,9%, respectivamente, em relação ao mesmo mês de 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (ver Gráfico 1 e tabela na página seguinte). No acumulado em 12 meses, os volumes comercializados continuaram mostrando aumentos de 1,9% e 5,1%, respectivamente, contudo, inferiores aos observados na leitura anterior.

Esses resultados evidenciam a continuidade da “perda de fôlego” do varejo, ocorrida a partir de agosto, num contexto de menor poder aquisitivo das famílias, corroído pela inflação, encarecimento do crédito e elevado desemprego. No contraste anual, somente artigos farmacêuticos, por tratar-se de itens essenciais, e veículos, devido à menor base de comparação do ano passado.

 

 

Em síntese, o varejo, em novembro, continuou “perdendo fôlego”, porém mantendo a perspectiva de crescimento moderado, puxado pelo efeito positivo do Auxílio Brasil e pela melhora das expectativas das famílias em relação à sua situação financeira futura.

Baseado nesses dados e em informações de operações de crédito e taxa de juros, as projeções do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) apontam para um aumento de 2,0% nas vendas do varejo restrito para 2021 e para a continuidade dessa desaceleração durante o primeiro trimestre do ano, tal como pode ser visualizado no Gráfico 2.

 

Por IEGV - Instituto de Economia Gastão Vidigal