São Paulo, 24 de maio de 2024 - O Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) pela PiniOn, alcançou, em maio, a 99 pontos, aumentando 1,0% em relação a abril, porém mantendo-se estável na comparação com o mesmo mês do ano passado.
O aumento da confiança ocorrido em maio interrompe uma sucessão de cinco quedas mensais consecutivas. Em termos interanuais, a estabilidade do indicador surge após quatro contrações seguidas. Em todo caso, o nível alcançado pelo INC ainda se mantém no campo pessimista (abaixo de 100 pontos). A sondagem foi realizada com uma amostra de 1.679 famílias, a nível nacional, residentes em capitais e cidades do interior.
Em termos regionais, os resultados apresentaram resultados heterogêneos. A confiança registrou uma queda nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, enquanto no Sudeste manteve-se estável. Por outro lado, houve um aumento no Norte e no Sul. Importante ressaltar que, na última região mencionada, a pesquisa foi conduzida antes do agravamento das inundações. Ao analisarmos por segmentos socioeconômicos, observamos um aumento do Índice de Confiança (INC) nas classes AB e DE, mantendo-se estável para a classe C.
Para o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, olhando de modo geral, observa-se uma melhora na percepção das famílias, tanto em relação à sua situação financeira presente quanto, sobretudo, em relação às perspectivas futuras, apesar de uma redução na sensação de segurança no emprego.
“Com a recuperação da confiança do consumidor, observou-se um aumento na disposição para adquirir bens de maior valor, como automóveis e imóveis, assim como produtos duráveis, incluindo geladeiras e fogões. Além disso, a propensão ao investimento permaneceu estável em comparação com o mês anterior", completa Ruiz de Gamboa.
Em resumo, o INC de maio revelou uma melhora relativa, tanto na comparação mensal quanto em termos anuais. Contudo, é importante notar que os dados de maio por si só não são suficientes para determinar uma tendência de recuperação da confiança do consumidor nos próximos meses. No entanto, é possível que estejam refletindo o aumento da renda, devido ao mercado de trabalho aquecido e às transferências governamentais em vigor.
De qualquer forma, a trajetória da confiança do consumidor ao longo do ano estará intimamente ligada às perspectivas de renda e emprego, as quais serão diretamente influenciadas pela atividade econômica, que se espera que desacelere.
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Por ACSP