O Conselho do Agro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) avaliou que o Plano Safra 2023/24 trouxe condições de volume de recursos e de juros possíveis, diante do desafio orçamentário da União e do atual patamar da taxa Selic. “É preciso reconhecer o esforço do ministro Carlos Favaro em assegurar um montante de 27%, acima do ciclo anterior, considerando a modalidade da agricultura empresarial”, pontuou o coordenador do Conselho do Agro da ACSP, Cesario Ramalho.
Para Ramalho, o aumento da oferta de crédito não é ainda o ideal, uma vez que a necessidade de crédito do agro brasileiro se aproxima de R$ 1 trilhão por safra, e o produtor vem, ano a ano, tendo que compor o financiamento em fontes privadas e no mercado de capitais. “Registra-se aqui o dispositivo que premia a sustentabilidade, ao conceder melhores condições de juros de custeio para quem está com o CAR (Cadastro Ambiental Rural) analisado e adota boas práticas agrícolas”, descreveu.
Entre os desafios, o setor produtivo aguarda a viabilidade de mais recursos para equalização das taxas, a definição real da cifra destinada à subvenção do seguro rural e que, de fato, os recursos cheguem até a ponta, sem interrupções abruptas, como se observou na temporada passada.
O coordenador do Conselho do Agro da ACSP afirma que o ministro Fávaro deve buscar pavimentar o caminho para que o Brasil tenha um Plano Safra quinquenal. “É necessário dar ao produtor maior previsibilidade das políticas públicas direcionadas ao setor, e assim fortalecer a confiança para se produzir”, conclui Cesario Ramalho.
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Por ACSP