Conselho de Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC) sedia IV Seminário de Gênero e Comércio dos Blocos Regionais

São Paulo, 08 de dezembro de 2021 – Empresárias do Mercosul se reúnem, pela primeira vez no Brasil, para discutir ações e iniciativas que promovam uma maior atuação das mulheres nos negócios no bloco. O encontro foi realizado na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) pela Convergencia Empresarial Mujeres del Mercosur (CEEM), pela Convergência Empresarial de Mulheres Brasileiras (CEMB) e pelo Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC) da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (ACSP), além da São Paulo Chamber of Commerce, que além de participante foi o anfitrião do evento.

Intitulado como IV Seminário de Gênero e Comércio nos Blocos Regionais, o encontro conta com a participação de autoridades de alta relevância para os negócios internacionais. O presidente da ACSP, Alfredo Cotait Neto, deu as boas-vindas às participantes dos quatro países participantes e se colocou à disposição para novos debates.

“Desde o começo de nossa gestão, sempre demos prioridade às mulheres porque sabemos que o empreendedorismo feminino nunca foi devidamente valorizado. ”, salientou o presidente da ACSP, Alfredo Cotait Neto.

Para ele, o bloco do Mercosul precisa ser mais objetivo para caminhar rumo à simplificação das regras entre os países. “Não dá mais para fazer o que fazíamos anos atrás. Temos que mudar nossa mentalidade para fortalecer o bloco.”

Ana Claudia Badra Cotait, presidente do CMEC da ACSP e Facesp e do Conselho Nacional da Mulher Empresária (CNME) da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), enfatizou o empenho do conselho em apoiar e desenvolver a mentalidade empreendedora das mulheres por meio de ferramentas de capacitação, pela rede de contatos e pela cultura em todo o Estado de São Paulo.

“O CMEC tem atuado fortemente para ajudar as mulheres a empreenderem. De capacitação à (acesso) ao crédito. Nas minhas viagens ao interior do tenho visto quantas mulheres querem colocar seus produtos no mercado externo, quantas querem importar, por isso, criamos um programa de exportação e importação para ajudar essas mulheres”, disse.

Com foco nas soluções e oportunidades para as empreendedoras do bloco, as discussões se aprofundaram em tornar o ambiente corporativo mais páreo. Isso porque, de acordo com o mais recente ranking global de igualdade de gênero, o relatório Fórum Econômico Mundial (WEF), o Brasil avançou nos últimos 15 anos apenas 3,9 pontos percentuais.

Ainda de acordo com o documento, o impacto da pandemia de coronavírus sobre a população feminina foi forte em todas as nações. Foram as mulheres que mais perderam empregos, comparadas com os homens.

O Brasil foi citado como um dos países em que a população feminina foi mais profundamente afetada pela crise provocada pelo coronavírus, de acordo com o instituto de pesquisa Ipsos.

Em resumo, os dados apontam retrocesso de uma geração. A paridade de gênero só deve ser atingida daqui a 135,6 anos. O penúltimo relatório, em 2020, trazia a previsão de 99,5 anos para equalizar a participação de homens e mulheres na economia, na política e na educação.

De olho nas estatísticas, o encontro da Convergencia Empresarial Mujeres del Mercosur definiu as ações para os próximos meses.

Participante da reunião, a presidente do Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIEx), Damaris Avila, citou que muitas das pequenas e médias empresas comerciais exportadoras são dirigidas por mulheres de sucesso.

A presidente do CEMB e CEMM, Lilian Shiavo, lembrou que é preciso promover a participação mais equitativa entre homens e mulheres. Ela defendeu que o fator chave para o crescimento é a igualdade entre as mulheres e os homens.

Veronica Cooke, consulesa-adjunto do Consulado Geral da Argentina em São Paulo, ressaltou que o país tem se esforçado para promover a igualdade de gênero. “Ainda temos desafios que foram agravados pela covid-19. Por causa das medidas de isolamento social, criou-se uma sobrecarga para as mulheres. O que afetou também o desenvolvimento delas.”

O cenário no Uruguai, de acordo com Facundo Fernandez Guerra, cônsul comercial do Consulado Geral do Uruguai em São Paulo, 70% das empresas são pequenos e médios produtores. Por lá, as mulheres não têm as mesmas condições que os homens.

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Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 127 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.

Por ACSP