São Paulo, 23 de novembro de 2022- Autoras do livro Independência do Brasil - As mulheres que estavam lá, a historiadora e cientista Heloisa Starling e a cientista social Antonia Pellegrino estiveram no 3º Liberdade para Empreender, realizado pelo Conselho Nacional da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC), nesta terça-feira (22), em São Paulo. Em um divertido diálogo, a dupla trouxe para o público um olhar especial para mulheres muito importantes para o país, mas que tiveram suas histórias apagadas.
Segundo Antonia, a ideia surgiu em um episódio do podcast que encabeçava em 2020, chamado Novo Normal. No episódio especial de 7 de setembro, ela recebeu Heloisa como convidada e, ali, começaram a refletir sobre onde as mulheres estavam e qual a participação que elas tiveram no processo de independência do Brasil. "Depois de algumas pesquisas e algumas conversas, veio a ideia de escrever um livro. Daí vieram as histórias dessas mulheres que empreenderam uma ideia de Brasil, fundamentada num desejo de liberdade", disse Antonia.
Para Heloisa, a forma mais violenta de repressão sofrida por elas foi o esquecimento. Para os gregos, refletiu, esquecer é pior que a morte, porque na morte, nós guardamos a memória, a pessoas existiu e morreu. No esquecimento, ela sequer existiu. "Há mulheres, na pesquisa que fizemos, que não sabemos nem o rosto que tiveram", conta. O livro, completou, tira elas do esquecimento pela autoria de outras mulheres, que foram convidadas a compor a publicação.
Naquela época, lembra Antonia, a mulher não estudava, apenas aprendia a cozinhar, tricotar e cuidar dos filhos. Até para sair de casa, o marido precisava autorizar. "Elas foram revolucionárias, não aceitaram seu espaço na sociedade, desafiaram as regras e fizeram questão de ocupar o espaço que, até hoje, é o mais proibido para as mulheres, que é o da política. Conhecer essas histórias faz com que a gente seja possível hoje, que uma empreendedora seja possível hoje", afirmou.
Para Heloisa, há uma história muito maior que ainda precisa ser descoberta. "O que as une, é que elas romperam a fronteira da política, foram para a cena pública, mostraram sua opinião e apresentaram suas ideias, de diversas maneiras", pontuou.
O livro é, também, um podcast feito para o Globoplay, chamado Mulheres na Independência, e que já disponível em outras plataformas de áudio.
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Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em
seus 127 anos de história, é considerada a voz do empreendedor
paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre
iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da
pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo
para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de
serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes
Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do
seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os
problemas de cada região.
Sobre o Cmec: o Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura é um órgão da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O CMEC atua como um fórum de referência de estudos, debates e inspirações à mulher empreendedora, além de desenvolver ações, campanhas e projetos sociais e culturais. Também atua como instrumento para que lideranças femininas discutam seus problemas e apresentem propostas que mobilizem a comunidade empresarial e a sociedade organizada. Possui mais de 280 conselhos da mulher, distribuídos entre as cidades do Estado de São Paulo e presente em mais de 2.400 associações comerciais do Brasil.
Por ACSP