Ocupação de imóveis pelos movimentos sociais por moradia é discutido na Associação Comercial de SP

São Paulo, 25 de junho de 2018. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) promoveu um debate sobre a ocupação de imóveis pelos movimentos sociais por moradia dia 20 de junho em sua sede, no centro da capital paulista. O encontro foi organizado pelo Conselho de Política Urbana (CPU) da ACSP e contou com palestra de Basílio Chedid Jafet, vice-presidente de Relações Institucionais do Secovi-SP, e com a participação de arquitetos, engenheiros e empresários, além dos integrantes do conselho.

Sobre os motivos das invasões, Jafet ressaltou “as restrições urbanísticas, que são perversas no sentido de encarecer a produção e a burocracia, o que desestimula, encarece e impede que os empreendimentos existam”.

Para ele, outro ponto importante diz respeito à cooptação de pessoas que buscam moradia social por movimentos que se dizem sociais, mas que, na realidade, não são. “A facilidade para a atuação desses grupos acontece porque a nossa legislação não garante como deveria o direito de propriedade”. 

“Não é difícil ter uma política urbana para alojar essas pessoas, mas não existe vontade política”, criticou o representante do Secovi-SP, que também apresentou dados da Prefeitura de SP que detalham os 70 prédios invadidos na capital paulista, em que vivem mais de quatro mil famílias.

Planejamento urbano

Jafet falou sobre planejamento urbano e suas implicações. “Hoje somos sete bilhões de pessoas no mundo. Dessas, 50% moram nas cidades. Daqui a 30 anos, teremos 10 bilhões de população e 75% viverão em cidades”. Para ele, isso significa que em 30 anos será preciso buscar habitação, condições de vida adequadas, dignas e satisfatórias para mais de quatro bilhões de seres humanos que viverão nas cidades. “Isso nunca aconteceu na história da humanidade. É um desafio que não é pequeno”.

Segundo o palestrante, o que determina o sucesso de uma cidade é o planejamento urbano, que é algo bastante complexo, mas cada vez mais necessário. As cidades das quais precisamos, segundo ele, devem ser socialmente inclusivas, acessíveis, equitativas, economicamente vibrantes e estruturadas para pedestres.

Frente Reformar para Mudar

Jafet falou sobre a Frente Reformar para Mudar, formada por 22 entidades de diversos setores - entre elas a ACSP e o Secovi-SP - que se uniram para atuar com estratégia e eficiência na defesa de princípios como reforma da Previdência, diminuição do Estado, reforma política, desenvolvimento econômico com responsabilidade socioambiental, redução e simplificação tributária, transparência e educação de fato (e de direito).

O evento contou com a participação de Antonio Carlos Pela, vice-presidente da ACSP e coordenador do CPU/ACSP; José Chapina Alcazar, vice-presidente da ACSP e coordenador do Conselho do Setor de Serviços/ACSP; Benedito Guimarães Neto, reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie; e José Inácio Ramos, diretor-presidente do Instituto Mackenzie.

 

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Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 123 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.

Por Patrícia Gomes Baptista