O Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP), elaborado para o Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP) pela PiniOn, alcançou, em setembro, 106 pontos. O aumento de 1,9% em relação a agosto e 11,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado, revela a segunda elevação consecutiva, interrompendo uma sequência de quedas na confiança do consumidor paulista, iniciada em março de 2023, que, no entanto, se manteve dentro do campo otimista (acima de 100 pontos).
Na composição do índice, a percepção das famílias em relação à sua situação financeira e de emprego atuais, assim como as expectativas futuras e a confiança na economia brasileira continuaram positivas, demonstrando um avanço mais intenso. Também se destaca o aumento da segurança no emprego.
Essa melhora generalizada da confiança seguiu se refletindo nos aumentos na disposição a comprar itens de maior valor, tais como carro e casa, e na proporção de entrevistados que manifestaram interesse em adquirir bens duráveis como geladeira e fogão e disposição a investir.
No recorte de classes socioeconômicas, o resultado mais uma vez foi misto, registrando-se aumento da confiança das famílias residentes no Estado de São Paulo pertencentes às classes AB e C, e diminuição para as da classe DE.
Cidade de São Paulo
Já o Índice de Confiança do Consumidor da Cidade de São Paulo (ICCSP) alcançou 104 pontos em setembro, mostrando elevação em relação a agosto e na comparação com igual mês do ano passado (5,1% e 14,3%, respectivamente). Foi o segundo aumento consecutivo do ICCSP que também voltou ao campo otimista (acima de 100 pontos).
Tal como ocorreu a nível estadual, as percepções positivas com relação às situações atual e futura de emprego e renda mostraram melhora, levando a maioria dos entrevistados a manifestar interesse em comprar bens de maior valor, bens duráveis, além de investir.
Com relação à evolução da confiança dos consumidores da cidade de São Paulo, distribuídos por classes socioeconômicas, houve avanço para as classes AB e C e recuo para a classe DE, repetindo o padrão observado para o Estado como um todo.
Em síntese, os resultados do ICCP e do ICCSP de setembro mostraram aumentos em termos mensais, com melhoras relativas das percepções positivas em relação às situações de renda e emprego atuais e futuras.
De acordo com o economista do Instituto Gastão Vidigal da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, os resultados do ICCP e do ICCSP de setembro mostraram aumentos em termos mensais, com melhoras relativas das percepções positivas em relação às situações de renda e emprego atuais e futuras. “A evolução relativamente mais favorável da confiança das famílias paulistanas e paulistas pode ser explicada pelos impactos positivos do crescimento da ocupação, do aumento da renda das famílias e da perspectiva de continuidade da redução dos juros, num contexto de desaceleração da inflação”, acrescentou o especialista.
Por ACSP