São Paulo, 7 de dezembro de 2018. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) recebeu na última terça-feira (4/12) o presidente da São Paulo Urbanismo, José Armênio, e a gerente de participação social da empresa pública, Patrícia Saran. Eles participaram de reunião do Conselho de Política Urbana (CPU) da ACSP sobre o Projeto de Intervenção Urbana do Centro da cidade (PIU Setor Central), que tem como objetivo revitalizar a região central da capital paulista, abrangendo os distritos Sé, República, Bom Retiro e Pari, além de partes dos distritos Brás, Belém, Mooca, Liberdade, Consolação e Santa Cecília.
Patrícia afirmou que o texto final do PIU Setor Central deve ficar pronto na metade de 2019. “A expectativa é iniciar as primeiras audiências públicas em fevereiro. As próximas ações dependem de como a sociedade responderá à proposta colocada. A expectativa é de que no meio do ano que vem já haja material para ser encaminhado à Câmara Municipal”, explicou ela.
Para entender as demandas da região e as possibilidades de intervenção urbanística na área, a SP Urbanismo convidou universidades e entidades representativas para que apresentassem diagnósticos em relação ao que poderia ser feito. À ACSP coube identificar as necessidades do comércio e da classe empresarial.
O PIU Setor Central surgiu a partir do Plano Diretor Estratégico de 2014, que impôs a obrigatoriedade de revisão da Operação Urbana Centro.
Relógio
José Armênio fez menção ao problema do horário de funcionamento dos estabelecimentos na região. “Diversas cidades do mundo já enfrentaram essa realidade, tentando fazer com o que o comércio tenha uma sobrevida maior para além das 19h30. É uma condição das circunstâncias que estamos vivendo hoje. Isso fez com que planejássemos um desenvolvimento habitacional”, afirmou, ressaltando que as moradias serão o principal condutor da revitalização urbanística que se pretende para o centro.
Justamente a habitação foi um dos dez eixos temáticos abordados pela ACSP no documento formulado para a SP Urbanismo. Para a entidade, que se reuniu com comerciantes em agosto e setembro, o setor não se opõe ao atual entendimento da administração municipal de adensar o centro. Mas os comerciantes desejam que os novos moradores da região sejam economicamente ativos, de forma que possam contribuir para o desenvolvimento local.
Os lojistas veem como positivos lançamentos imobiliários na área, que atendam quem hoje trabalha no centro e mora longe, de forma a reduzir problemas de mobilidade e qualidade de vida. “O comércio tem papel importante, visando não apenas ao projeto urbanístico, mas também à melhoria do ambiente de negócios. A gente acredita que a requalificação do centro vai gerar insumo para a melhoria de experiências, com a densidade populacional, trazendo mais gente para morar aqui e dando mais funcionalidade para o comércio”, adicionou Armênio.
De acordo com Rita Gonçalves, coordenadora do PIU Setor Central, até o fim de 2018 a SP Urbanismo deverá divulgar um documento consolidado com todas os diagnósticos e propostas oriundas da ACSP e das demais entidades que colaboraram com o projeto. O documento da ACSP foi entregue em 29/10. “Sabemos que haverá incentivos ao retrofit nos imóveis da área central. São incentivos que estão sendo concebidos para essa questão. Há também discussões com a CET sobre mobilidade e acessibilidade. Eles têm uma leitura boa sobre abastecimento de restaurantes, uma proposta combinando minicentros de distribuição com edifícios-garagem na região. Estamos elaborando com a CET para ver em que logradouros eles seriam localizados”, antecipou Rita.
Para o coordenador do CPU/ACSP, Antonio Carlos Pela, a interface da SP Urbanismo com a sociedade civil é de vital importância para o sucesso do PIU Central, evitando que seja eventualmente posto de lado, como já aconteceu com outras iniciativas referentes à região. “A complexidade disso é muito grande, porque estamos mexendo com diversos públicos e áreas. E é preciso explicar aos agentes envolvidos o que vai acontecer. Ao contrário do que acontece no centro de grandes cidades, o de São Paulo ainda é claudicante e precisa de mais investimentos”.
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Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 123 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.
Por ACSP