São Paulo, 2 de maio de 2018. O movimento de vendas do comércio varejista paulistano subiu em média 4,5% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
As vendas a prazo cresceram 11,2%, puxadas pelos bens duráveis, mais caros, e refletindo a queda dos juros, os prazos maiores e o ressurgimento de uma demanda reprimida pela crise nos últimos anos. “De acordo com relatos de varejistas, o destaque fica por conta dos televisores, beneficiados pela Copa do Mundo, e também dos eletroportáteis”, explica Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Por sua vez, as transações à vista caíram 2,3%. Isso porque itens de menor valor - comprados à vista -, sobretudo roupas e calçados, estão sendo pouco procurados em razão das temperaturas em alta, inibindo a alavancagem da moda outono-inverno. “O consumidor, principalmente da classe C, compra por necessidade. Se não estiver fazendo frio agora, ele não compra”, avalia Burti. “Além disso, o salário médio parou de subir em março segundo o IBGE, o que também impactou”, complementa.
O presidente da ACSP pondera que o crescimento médio de 4,5% não cobre a retração de 7,5% registrada pelo Balanço de Vendas da ACSP em abril de 2017 frente a igual período do ano anterior.
Abril de 2018 contou com um dia útil a mais em relação ao ano passado, mas os efeitos foram neutralizados pelo feriado prolongado de 1º de maio.
“O varejo segue em crescimento moderado e desigual entre os ramos duráveis e não duráveis”, resume Burti.
Variação mensal
Frente a março deste ano, o movimento caiu em média 14,3%, sendo que as perdas foram de 10,2% no sistema a prazo e 18,3% à vista. De acordo com Burti, trata-se de um recuo sazonal e dentro da média dos últimos três anos. “Março é um mês em que a economia volta ao normal após o Carnaval. Abril tem muitos feriados. Historicamente é um mês fraco”.
Acumulado
Nos quatro primeiros meses de 2018, o varejo paulistano cresceu 4,6%, com destaque para os itens a prazo (7,8%). Já os produtos à vista subiram 1,3%. Para o presidente da ACSP, esse deve ser o panorama para o mês de maio. “O Dia das Mães terá um protagonismo dos bens duráveis, após vendas fracas nos últimos anos, em que essa data especial ficou concentrada nos presentinhos. Ao mesmo tempo, se o tempo não ajudar com a queda da temperatura, o setor de vestuário continuará enfrentando resistência”, diz.
O Balanço de Vendas é elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP, com amostra fornecida pela Boa Vista SCPC
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Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 123 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.
Por Renato Santana de Jesus