São Paulo, 14 de abril de 2025 - A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) estima que as vendas de Páscoa poderão registrar estabilidade em relação ao ano passado de acordo com o modelo de previsão do varejo do Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP (IEGV/ACSP).
Segundo o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, "apesar de o emprego e a renda continuarem crescendo, os fortes aumentos do preço do chocolate, motivados pela disparada no preço do cacau, num contexto de elevado endividamento e alta inflação de produtos básicos, deverão deixar o volume de vendas praticamente igual ao ano passado”.
O economista explica que "para o varejo, a Páscoa não representa uma data particularmente crucial, pois a maior parte das vendas se concentra em produtos alimentícios, com destaque para os ovos de chocolate, o que beneficia o desempenho dos super e hipermercados."
Impostos
Quem planeja comprar ou presentear com ovos de Páscoa precisa estar ciente de que 38,25% do valor do produto corresponde a impostos. Essa informação é baseada nos dados do Impostômetro.
Destaca-se como o produto mais tributado, nesta temporada, o vinho importado, com uma taxa de 64,57%%. Isso significa que, ao adquirir uma garrafa de vinho importado pelo preço de R$ 54,38, por exemplo, o consumidor desembolsa R$ 19,27 pelo produto e mais R$ 35,11 em tributos. Por outro lado, o vinho nacional apresenta uma carga tributária menor, porém, ainda muito elevada, com média de 45,56%.
Os ovos de Páscoa caseiros podem ser uma alternativa para os consumidores e uma oportunidade de renda extra para os microempreendedores. No entanto, evitar os produtos industrializados não significa necessariamente escapar dos altos impostos. Para a produção de um ovo simples, que requer chocolate, papel celofane e fita adesiva para embalagem, são gastos, respectivamente, 38,25%, 39,11% e 40,06% em impostos.
Segundo João Eloi Olenike, presidente-executivo do IBPT, “os altos impostos sobre os produtos de Páscoa limitam o poder de compra dos consumidores, impedindo que muitos adquiram itens de melhor qualidade nesse período. Segundo ele, o sistema tributário brasileiro, focado principalmente no consumo, acaba penalizando as pessoas de renda mais baixa, que pagam proporcionalmente mais impostos do que as de renda mais alta. Isso dificulta ainda mais o acesso das classes menos favorecidas aos produtos típicos da data”, completa João Eloi.
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Sobre o Impostômetro: O Impostômetro foi implantado em 2005 pela ACSP para conscientizar os brasileiros sobre a alta carga tributária e incentivá-los a cobrar os governos por serviços públicos de mais qualidade. Está localizado na sede da ACSP, na Rua Boa Vista, centro da capital paulista. Outros municípios e capitais se espelharam na iniciativa e instalaram seus painéis. No portal é possível visualizar valores arrecadados por período, estado, município e categoria.
Por ACSP - 15/04/2025