A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), por meio do Comitê de Civismo e Cidadania (COCCID), promoveu, no dia 2 de novembro, feriado de Dia dos Finados, uma visita monitorada ao Mausoléu do Sodado Constitucionalista de 32, localizado no Obelisco do Ibirapuera, zona sul de São Paulo.
O encontro reuniu mais de 80 visitantes que puderam reverenciar os heróis desse movimento paulista, desfrutando de exposição de painéis, armas e objetos originais, além de palestras e debates quanto a história da revolução.
“Não foi por acaso que escolhemos esse dia tão especial, no qual nossos finados são lembrados. Pretendemos também homenagear os 90 anos da Revolução Constitucionalista, momento histórico em que centenas de heróis morreram por nós, lutando contra a ditadura para que houvesse uma nação mais livre e democrática”, afirmou Dr. Samir Nakhle Khoury, vice-presidente da ACSP e coordenador do COCCID.
Em parceria com a Sociedade Veteranos de 32, todas as áreas do local foram abertas, facilitando decifrar os inúmeros simbolismos inseridos no Memorial e Obelisco, enriquecendo ainda mais a visitação.
O Obelisco está localizado no Parque do Ibirapuera e é o maior monumento da cidade, ostentando 72 metros de altura. Foi projetado pelo escultor ítalo-brasileiro Galileo Ugo Emendabili e executado em puro mármore travertino pelo engenheiro teuto-brasileiro Ulrich Edler. Começou a ser construído em 1947, sendo inaugurado no dia 9 de Julho de 1955.
Tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (CONDEPHAAT), o mausoléu abriga os corpos dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo ( M.M.D.C.), além de outros 713 mortos na Revolução deflagrada em 9 de Julho de 1932.
O interior do Obelisco forma uma cruz, com painéis em mosaico veneziano. Na parte interna há 3 capelas e o jardim externo abre-se pela Avenida 23 de Maio, data em que os quatro estudantes revolucionários foram assassinados. Lá também estão sepultados os combatentes Guilherme de Almeida e Ibrahim de Almeida Nobre, respectivamente, Poeta de 32 e o Tribuno de 32; bem como Paulo Virgínio, o mártir do movimento. Há ícones e inscrições talhadas nas quatro faces, com vários poemas de Guilherme de Almeida.
Na base do monumento, junto à entrada da capela e da cripta, há uma inscrição do jornalista Antônio Benedicto Machado Florence: "Viveram pouco para morrer bem. Morreram jovens para viver sempre."
A soma dos algarismos da altura (72m): 7+2 dá o número místico 9 (3x3), os mesmos 9 degraus galgados na entrada. Também há simbologias no extenso gramado que forma um coração ao redor do Obelisco, com forte espada fincada (o próprio obelisco) representando vitória apesar da derrota militar (uma nova Constituição).
Para quem olha o monumento de frente, a base do trapézio tem 9 metros. Em cima, a base menor tem 7 metros. A largura da cripta é de 32 metros. Então, o perfil da planta apresenta 32/9/7 (ano, dia e mês da Revolução). Os 33 arcos do mausoléu tem nome e representam os 33 graus da maçonaria.
Para culminar os simbolismos, cada visitante recebeu uma muda de Orquídea e todos puderam plantar nas árvores do entorno, anotando em madeira seu próprio nome e um desejo a ser alcançado.
“A florada dessas orquídeas nos mostrará a amplitude e importância do substantivo Vida. Sem dúvida alguma os ensinamentos e alegorias desse evento ficarão marcados em nossos corações, sobretudo porque a energia recebida será eterna”, concluiu Dr. Samir.
No link a seguir, confira mais imagens da visita ao monumento histórico: https://bit.ly/3DSqw7F
Por ACSP