O ex-ministro da agricultura, Roberto Rodrigues foi o palestrante da última reunião do ano do Conselho do Agronegócio da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), realizado na quarta-feira (4), na sede da entidade no centro histórico de São Paulo.
O encontro foi aberto pelo presidente da ACSP, Roberto Mateus Ordine que lembrou da importância do Rodrigues para o desenvolvimento do agronegócio no País. “É muito significativo recebermos um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento do setor nas últimas décadas. O agro sempre traz boas notícias”. Em seguida, o coordenador do Conselho, Cesário Ramalho, falou sobre a trajetória de Rodrigues. “Com certeza, foi um dos responsáveis pelo grande avanço do agro brasileiro”.
O palestrante fez uma avaliação do agronegócio, desde o início dos anos 2000 com foco no aumento da produção, na exportação e nas pesquisas da Embrapa que tanto beneficiam e inovam o setor. “O Brasil e um país fantástico. Com ajustes na infraestrutura e educação pode liderar projetos de agricultura para o mundo”, afirmou Rodrigues.
Evolução do agro
Em sua apresentação, Rodrigues salientou o crescimento do agro e participação no PIB. Trouxe números que confirmam a importância do setor para a economia brasileira. Só para se ter uma ideia, desde 1990 o agronegócio vem apresentando crescimento acumulado de produtividade (até 2023 chegou a 453%) otimizando o uso das áreas produtivas. O agro representa 23,8% do PIB brasileiro e é responsável por 26,2% da geração de empregos e por 49% do total das exportações brasileiras.
Também apontou fatores externos que impactam como o protagonismo da China, transição energética, meio ambiente e mudanças climáticas. Para o ex-ministro, no entanto, o Brasil tem que avançar em relação à estrutura de logística para o comércio e utilizar a tecnologia de uma forma mais eficiente.
Ele falou também sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP30), que será realizada no ano que vem em Manaus. “Pode ser um evento importante para os debates e encaminhamentos de projetos sobre as mudanças climáticas”. Por outro lado, o palestrante afirmou a importância de lutarmos contra ações ilegais como desmatamento, incêndios florestais provocados, mineração etc. “O governo tem que ser duro”, finalizou.
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Por ACSP