4 erros que prejudicam as finanças da sua empresa

Todo empreendedor já ouviu falar sobre a importância de separar as finanças pessoais das contas da empresa. Na prática, com acesso livre ao caixa do negócio, nem sempre é fácil fazer essa divisão. Mais desafiador do que isso é não transferir vícios de comportamentos financeiros na vida pessoal que podem impactar negativamente o negócio. 

Se você sofre com esse tipo de problema, as orientações que preparamos podem te ajudar. A seguir, listamos quatro erros mais comuns que os empresários cometem na vida pessoal e que podem colocar tudo a perder se também forem praticados no seu empreendimento. Confira: 

1 - Usar crédito de forma descontrolada 

Muita gente encara o crédito como “vilão” das finanças, o que nem sempre é verdade. Para as empresas, por exemplo, o acesso a esse recurso pode viabilizar investimentos importantes para o crescimento do negócio, ajudar a  levantar capital de giro e até a pagar as despesas de um período mais difícil para garantir a sobrevivência do negócio no mercado. 

O problema, na realidade, está no uso indiscriminado do crédito. Se você costuma usar o cartão de crédito ou recorrer a empréstimos com muita frequência para fazer compras que não deveria no momento, esse é um sinal de alerta: levar esse comportamento para a empresa pode significar minar o capital de giro com compras inadequadas. 

Tenha em mente que, para um negócio, o crédito tem que ser pensado como expansão de vendas e otimização operacional. Precisar de crédito para consumo e despesas fixas pode ser um forte indicador de má gestão financeira ou falha de precificação.

 

2 - Ceder à desorganização

Na vida pessoal, muitos empreendedores não fazem um planejamento financeiro e tomam suas decisões com base em sensações e opiniões. Na empresa, cada escolha, por menor que seja, precisa ser feita com amparo de fatos e dados. 

Se você é o tipo de empresário que mistura contas do negócio com as finanças pessoais, estabeleça o seu pró-labore imediatamente e não permita que o vício de desorganização das finanças pessoais resulte na ausência de orçamento e problemas no fluxo de caixa do seu negócio. 

 

3 - Falta de planejamento

Planejar é enxergar aonde se quer chegar e qual caminho será percorrido para isso. E, ao contrário do que muita gente imagina, isso não tem nada a ver com pensamentos “engessados”. 

Escolher um objetivo não é abraçar uma obrigação de segui-lo cegamente. Sempre há espaço para reavaliar e mudar de destino quando se entende que é vantajoso, mas ter metas estabelecidas e em etapas é uma maneira de aumentar a motivação e facilitar o processo para alcançar seus objetivos. 

Quer um exemplo? Na vida pessoal, quem tem um sonho que depende de recursos financeiros para ser alcançado e não estabelece metas e prazos de forma clara costuma deixar a tarefa de juntar dinheiro sempre para “o mês que vem” ou “quando sobrar”. Aí, quando se dá conta, o ano terminou e não houve progresso. 

Em uma empresa, essa visão passiva, sem planejamento, pode atrasar o crescimento do seu empreendimento — o que, por sua vez, pode comprometer a melhora na sua qualidade de vida. Percebeu como as questões pessoais estão bem próximas da situação do seu negócio? 

Pensando nisso, se você ainda não tem um planejamento para os próximos passos da sua empresa, comece a fazer alguns questionamentos: Onde quero chegar? Por que isso é importante para a empresa? O que preciso fazer para conquistar isso? Quanto custa? Como vou gerar/produzir o que é preciso? Em quanto tempo posso tirar isso do papel? Essas reflexões valem para si e também para o empreendimento.

 

4 - Perder o controle dos gastos nos períodos de “vacas gordas”

A rotina de um empreendedor envolve tantos desafios e requer tanta resiliência emocional e financeira para superar adversidades que, nos meses de mais fartura, a tentação de compensar em gastos não planejados é maior. Na vida pessoal, não é muito diferente: nos meses em que sobra algum dinheiro, guardá-lo requer muito mais esforço do que aproveitar essa folga no orçamento para poupar ou investir, por exemplo.

Lembre-se que, em períodos de bom fluxo de dinheiro, fica mais fácil ajustar as contas, montar reservas para a sua vida e para seu negócio. Tudo é uma questão de equilíbrio e você pode aproveitar os momentos mais prósperos, mas não ceda à tentação de gastar todo o seu recurso com aquilo que não vai contribuir para o progresso da sua empresa. 

E você? Já se flagrou em alguma dessas situações? Esperamos que essas dicas possam tornar a tarefa de administrar as finanças da sua empresa um pouco mais fácil para você. Bons negócios!

Por ACSP