ACSP recebe Temer, Kassab e Meirelles no seminário ‘O Brasil que queremos após as eleições’

A defesa da paz social e o respeito às diferentes opiniões como preceitos constitucionais foram alguns dos temas recorrentes do seminário “O Brasil que queremos após as eleições”, promovido pelo Fórum dos Jovens Empreendedores (FJE) e pela Faculdade do Comércio (FAC), ambos ligados a Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

O evento, ocorrido no dia 14 de setembro, contou com a presença do ex-presidente da República, Michel Temer, do ex-ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, do ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central do Brasil (BC), Henrique Meirelles, além dos economistas Maílson da Nóbrega e Tiago Reis, do professor e ex-secretário do Ministério da Fazenda, Roberto Macedo, do secretário de Educação do Estado de São Paulo, Hubert Alqueres, do ex-senador Pedro Chaves, além de empresários e outros convidados.

O seminário foi aberto pelo diretor-geral da Faculdade do Comércio (FAC), Wilson Victorio Rodrigues, pelo presidente da ACSP, da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Alfredo Cotait Neto, pelo primeiro vice-presidente da ACSP, Roberto Mateus Ordine, que falaram sobre a importância de se debater os rumos do Brasil neste momento em que as eleições se aproximam.

“A constituição determina o que deve ser levado em consideração neste momento de grande polarização e de eventuais conflitos entre os poderes. Tenho certeza que o progresso e o desenvolvimento econômico só acontecem em um ambiente de respeito e entendimento”, declarou Wilson Rodrigues, da FAC.

Painel Político Social

O primeiro painel, coordenado por Rodrigues, contou com a participação do ex-presidente Michel Temer, que comentou sobre a importância da constituição como expressão máxima da vontade do povo. “Os três poderes funcionam de acordo com a vontade do povo e é assim que a constituição determina. Temos visto movimentos no sentido de privilegiar esse ou aquele poder, especialmente o executivo, mas precisamos lembrar que nenhum deles funciona sozinho. O poder executivo, por exemplo, depende do legislativo para aprovar seus projetos”, lembrou.

O ex-ministro Gilberto Kassab destacou a nova lei eleitoral com exigências para a formação de novos partidos e o veto às coligações feitas de última hora para uma determinada eleição. Ele também elogiou as mudanças que produziram resultado no sistema de federações para coligações que exige um mínimo de 4 anos de ligação entre os partidos. “Com a aprovação dessa emenda, o Brasil está rumando para um sistema partidário sólido, que fortalecerá ainda mais nossa democracia”, opinou.

Questionado sobre os escândalos e problemas de corrupção no Congresso, Kassab, que também é presidente do Partido Social Democrático (PSD), falou que existem políticos bons e ruins e que não devemos condenar o Congresso nacional como instituição. “Um dos problemas causados por essa pulverização partidária é a busca por apoio no Legislativo. Com 30 partidos qualquer prefeito, governador ou presidente eleito vai ter que discutir e negociar seus projetos para aprova-los”, ressaltou.

Ex-presidente do BC, Henrique Meirelles também falou sobre o atual contexto político lembrando da importância de um projeto voltado para a recuperação da economia e a geração de empregos com investimentos em educação e qualificação da mão de obra. “Temos que trabalhar por ações que recoloquem o País no eixo da prosperidade, e para isso a educação é fundamental”.

Meirelles não negou que existe a possibilidade de integrar um eventual governo Lula (ele foi presidente do BC no primeiro mandato do petista), mas lembrou colocou esta condição como uma hipótese a ser conversada.

Painel Econômico

O segundo painel do seminário, sobre economia, teve a participação do ex-ministro Maílson da Nobrega, do professor e diretor da FAC, Roberto Macedo, e do empresário e presidente das Lojas Riachuelo, Flávio Rocha.

Maílson falou sobre os números do País em relação às contas públicas e sua visão para o período após as eleições. Para ele, o cenário não será fácil para qualquer um que seja eleito. “O próximo presidente vai herdar mesmo uma herança maldita. Vamos precisar de um plano rigoroso de controle das contas internas. A vantagem é que temos uma situação externa muito favorável, ao contrário de alguns países da América Latina”, disse.

O professor Roberto Macedo fez breve apresentação sobre suas ideias em relação à economia brasileira, afirmando que tem um projeto que deve ser apresentado ao próximo governo e na próxima legislatura. “Não estou tão otimista quanto o Maílson, mas tenho certeza que existem alternativas e modelos que podem ser colocados em prática”, afirmou.

Flávio Rocha falou da importância dos debates em torno dos temas jurídicos e econômicos que, na sua avaliação, vem contribuindo para uma transformação da sociedade brasileira. Ele também defendeu a importância do estado cuidar das suas tarefas, mas permitir que a iniciativa privada possa tocar as empresas com mais eficiência.

“Precisamos atrair o capital para o Brasil, mas precisamos, antes de tudo, criar um ambiente amigável, favorável em termos tributários. O estado tem que ter metas e deve ser cobrado como se cobra uma empresa. A reforma tributária precisa avaliar as empresas internacionais que vendem sem pagar impostos. E, para garantir o bom funcionamento do capitalismo, a condição é que exista a equidade entre as empresas”, completou.

Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia

No último painel, sobre educação, ciência e tecnologia, o mediador Wilson Rodrigues conversou com o secretário estadual de educação, Hubert Alqueres, com o ex-senador Pedro Chaves, relator da reforma do ensino médio no governo Temer, com o ex-embaixador e empresário Andrea Matarazzo, além do professor e diretor da Faculdade do Comércio, Roberto Macedo.

Juntos, eles defenderam novos métodos de ensino, aulas à distância, o homeschooling e o impacto das novas tecnologias na cultura e na ciência.

Os painelistas debateram também, entre outros temas, a reforma do ensino médio de 2018, feita através da medida provisória, mas que para o relator do projeto, o então senador Pedro Chaves, melhorou a qualidade do ensino permitindo que grandes partes dos alunos pudessem ter ao menos sete horas de aulas diárias.

Assista ao seminário em sua íntegra acessando o link a seguir: https://bit.ly/3ePT4ph

Clique no link abaixo e confira as fotos do evento:
https://bit.ly/3BjpUqj

 

Informações para a imprensa

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Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 127 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.

Por ACSP