Administrando para transformar

Ricardo Granja, Diretor Superintendente da Distrital Sudoeste da ACSP, conta com um currículo extenso e acumula experiências valiosas. Essa bagagem começou a ser construída ainda na juventude, quando ele já zelava por um objetivo: contribuir, de alguma maneira, para a construção de um País melhor.

Esse desejo refletiu na escolha da sua primeira graduação: Economia. "Os problemas econômicos que o Brasil enfrenta hoje são praticamente os mesmos que vivemos 30 anos atrás. Acredito que não vivíamos uma crise moral e ética como temos visto hoje, mas as dificuldades na economia sempre existiram", defende Granja. "E eu queria fazer alguma coisa para ajudar a melhorar essa situação. Por isso decidi entrar na área", complementa.

A busca por conhecimento não parou: Ricardo formou-se em Administração de Empresas e também é técnico em Contabilidade. Ele conta que o estudo contribuiu muito para que a sua visão acerca do desenvolvimento econômico e social do País fosse ampliada.

Mas essas noções não foram adquiridas apenas em sala de aula. Granja também começou a construir muito cedo uma carreira pública. Em 1982, aos 21 anos, foi o mais novo candidato a vereador em São Paulo. Em 2018, assumiu a prefeitura regional do Butantã, na zona Oeste da Capital.

Em uma entrevista, ele nos contou um pouco sobre a sua trajetória na ACSP e na política; e como as tarefas desempenhadas nas duas carreiras contribuíram para que ele alcançasse melhores resultados.

Cenário desigual

Ao tornar-se prefeito regional – cargo que ocupou até janeiro deste ano –, Granja pôde conhecer a fundo as características da região do Butantã, que conta com mais de 500 mil habitantes, 164 bairros e 96 comunidades – números que ele tem de cor. Logo de cara, os contrastes socioeconômicos chamaram a atenção. "É uma área com muita desigualdade. De um lado, você tem o Morumbi, com os maiores IPTUs de São Paulo. Do outro, você tem comunidades onde os moradores sofrem com as chuvas porque a água entra nos barracos, crianças são mordidas por ratos e ficam doentes... Então, quando eu comecei o trabalho na prefeitura, vi que deveríamos olhar com atenção para os que mais precisavam, agir com justiça com a população. Esse foi o nosso maior objetivo, e acredito que tive uma boa passagem pelo cargo, uma passagem bem aceita pela população", explica ele.

ACSP: um meio de servir à comunidade

Ricardo Granja foi eleito Diretor Superintendente da Distrital Sudoeste em 2015, e já cumpre o segundo mandato na unidade. Oito anos antes, já havia ocupado o mesmo cargo na Distrital Pinheiros. Ele explica que a experiência anterior foi importante: graças a ela, ele já conhecia o regimento da Associação e o funcionamento de uma série de ações da entidade; no entanto, conta que as regiões têm perfis de empreendedorismo muito diferentes. “Aqui no Butantã, há uma maior quantidade de comércios pequenos. Temos mais comércios, mas menores. Já nas redondezas da Distrital Pinheiros, você tem a Faria Lima, uma parte da avenida Paulista, Jardins, Berrini, Itaim... Há uma concentração maior de serviços e grandes comércios naquela área. Mas isso não significa que a nossa região não tenha um mercado rico, até porque nós sabemos que as empresas menores são fundamentais para o desenvolvimento econômico da Cidade e do País”, enfatiza Granja. “E aqui tem muitos pequenos e excelentes comerciantes”, acrescenta.

Como cada região tem um perfil diferente, é preciso, também, desenvolver diferentes atividades para atender às necessidades do empreendedor local. “Para isso funcionar, o Diretor Superintendente tem que conhecer muito bem a sua região e, principalmente, os comerciantes. Só assim a gente consegue trazer ações interessantes para a casa”, comenta Ricardo. “Outro ponto muito importante para que as Distritais façam um bom trabalho é ter uma boa equipe de funcionários, empenhada e que confie no Diretor. E eu posso dizer que tenho uma excelente equipe. Tanto é que, quando fui prefeito regional, não precisei pedir licença da Distrital, porque as coisas aqui funcionavam muito bem. Muitas coisas eu conseguia tocar por telefone, e tudo deu muito certo”, relembra Granja.

Prefeitura x empreendedorismo: dois grandes desafios

Além do conhecimento adquirido nas universidades, Ricardo Granja pôde entender as dificuldades e necessidades do empreendedor por experiência própria. Por alguns anos, ele administrou sua própria empresa de transportes e logística e abriu mão do negócio, principalmente, por fatores externos que prejudicavam o desenvolvimento da organização. “Empreender foi difícil. Trabalhar com transportes e logística nesse país não é fácil, principalmente em uma cidade como São Paulo. Quando eu abri a empresa, essa área estava crescendo, estava acontecendo uma espécie de transição do transporte convencional para o mercado de e-commerce. Era algo novo para o país, essa coisa de comprar pela internet”, conta Granja. “Eu saí do ramo depois que começamos a enfrentar muitos problemas de segurança. Trabalhávamos com cargas muito valiosas e começamos a sofrer com muitos casos de assalto, e isso atrapalhou muito. Aí eu decidi parar e voltar para a atividade política”, detalha. “Mas foi um trabalho muito gostoso, e que eu encarei com muita seriedade”, conta Ricardo.

Comparando a rotina empreendedora ao trabalho à frente da prefeitura regional, Granja afirma que “são dois grandes desafios, mas empreender é ainda mais difícil”. “O bom empreendedor tem que matar um leão por dia e tem mil dificuldades: ele enfrenta problemas com as vendas, recebimento, funcionários, alta carga tributária... Aliás, ninguém suporta mais essa carga tributária. Precisamos lutar para que isso seja revisto, além das questões de encargos trabalhistas, que também dificultam a rotina do empresário. O empreendedor não aguenta mais tudo isso”, defende Granja.

Grandes projetos

Neste ano, Ricardo Granja pretende dar continuidade a projetos que estão gerando negócios e trazendo desenvolvimento para a região. Entre as iniciativas, ele destaca um trabalho de economia criativa que oferece a artistas a oportunidade de exporem seus trabalhos gratuitamente; além do Fórum de Desenvolvimento, que reúne cerca de 400 empresários da região para fazer networking e ter contato com temas inovadores de mercado.

Anualmente, a Distrital Sudoeste também realiza cursos voltados às áreas de beleza e estética para a população que já tem ou deseja abrir salões de beleza, barbearias e negócios afins. Durante as atividades, os participantes têm apoio para entender diversas questões administrativas relacionadas à manutenção da empresa.

A nível social, a Distrital vem se destacando pelo desempenho na Campanha do Agasalho. “Arrecadamos milhares de peças, todas em bom estado, antes do mês de julho. Depois, entregamos para pequenas entidades da região, desde que tenham CNPJ e desempenhem um trabalho sério. Em 2017, entregamos 8 mil peças. No ano passado, o número quase dobrou: foram 15 mil”, comemora o Diretor.

O sucesso de cada atividade não é fruto de um trabalho individual. Na Distrital Sudoeste, além dos funcionários, Granja conta com o apoio de 5 Vices-superintendentes e 25 Conselheiros, que são bastante atuantes. “Como Superintendente, eu dou o norte das ações, mas sempre ouço as sugestões que eles têm. Sempre trocamos ideias, compartilhamos informações... É um apoio muito importante”, afirma Ricardo.

 

Você já visitou a Distrital Sudoeste? Aqui, você pode acessar o endereço e contatos de todas as nossas unidades. O que achou de saber mais sobre o trabalho do Ricardo Granja? Se gostou, fique de olho! Em breve, traremos novas entrevistas para você conhecer outras pessoas que fazem parte da ACSP. Até a próxima!

 

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Por ACSP