ALABY APONTA DIFICULDADE DO COMÉRCIO EXTERIOR: O CUSTO POR CONTÊINER

Na pandemia, o custo por contêiner chegou a atingir US$ 10.000,00, segundo empresas de navegação. Um ano antes era de US$ 2.000,00. Essa é a informação de destaque no início do artigo assinado por Michel Abdo Alaby, Consultor de Comércio Exterior da Associação Comercial de São Paulo, publicado no Diário do Comércio no dia 9 de fevereiro.

Os contêineres se tornaram um inacreditável gargalo para a retomada econômica, tão esperada para 2021, como aponta o articulista. A falta deles, segundo Alaby, aumentou o preço dos fretes e causou congestionamento nos portos marítimos, no Brasil e no mundo.

“No caso dos contêineres, eles faltaram no mercado porque, embora não tenha havido uma interrupção no transporte de cargas, como houve no de pessoas, a liberação das mercadorias foi mais lenta nos portos, terminais e armazéns, que também sofreram com as medidas de isolamento social e os cuidados na vigilância sanitária”, diz o artigo.

Alaby esclarece para o leitor não familiarizado com questões de logística e de comércio exterior, que há cerca de 35 milhões de contêineres em uso no mundo todo. “As empresas de navegação, um setor muito concentrado, e composto por grandes grupos econômicos, possuem cerca de metade deles, estando o restante nas mãos de locadoras. É um mercado com poucos players, que trocam informações entre si, evitando que haja um excesso de oferta e os preços caiam.”

O texto conclui que, “por mais que os preços estejam altos, isso não quer dizer que essas empresas tenham interesse em manter o mercado como está, porque elas também perdem negócios. Elas já encomendaram novos contêineres para os fabricantes chineses, que dominam esse mercado global. Mas como a produção leva tempo, ainda há um prazo indeterminado até a situação se normalizar”.

Por ACSP