Capital de giro: aprenda a calcular

Se você tem ou ainda está pensando em abrir um negócio, já deve ter ouvido falar em capital de giro. Saber o que ele é, para que serve e como calculá-lo é essencial para empresas de qualquer setor e qualquer porte. Mas, por quê? Pois a saúde e sobrevivência do seu negócio vão depender, em muitos momentos, desse capital.

Uma pesquisa realizada pelo Sebrae mostrou que quase 25% das empresas brasileiras fecham as portas antes de completarem dois anos de mercado, e 50% vão à falência antes dos quatro anos. Você pode imaginar por que esse problema é tão frequente?

O mesmo levantamento identificou que, entre as seis maiores causas de falência, três estão ligadas a ações do empreendedor que prejudicam a saúde financeira do negócio. E outro dado chamou a atenção: quase 40% dos empresários que faliram não sabiam o capital de giro necessário para manter o negócio. Se essa também é a sua dificuldade, a gente te ajuda!

O que é o capital de giro?

Capital de giro significa capital de trabalho, ou seja, é o capital necessário para garantir a continuidade das operações da empresa. Isso envolve recursos para financiamento aos clientes nas vendas a prazo, recursos para manter estoques e para pagamento dos fornecedores, impostos, salários e demais custos e despesas operacionais.

Como o próprio nome indica, o capital de giro está relacionado a todas as contas financeiras que “giram” ou movimentam o dia a dia da empresa. Em resumo, ele é o valor que o empresário precisa ter disponível para cobrir os custos até que as contas a receber entrem no caixa.

Como calcular o capital de giro da empresa?

O primeiro passo é calcular o prazo médio das contas a pagar. Anote Lembre-se de todos os seus fornecedores. Vamos supor que você paga 50% deles à vista e outros 50% em 30 dias. Logo, na média, o seu prazo de pagamento dos fornecedores é de 15 dias. Guarde esse resultado!

Agora, calcule o prazo médio de recebimento. Quanto tempo, em média, os seus clientes demoram a te pagar? Imagine que metade deles paga em 30 dias e a outra metade, em 60 dias. Então, você recebe, em média, a cada 45 dias.

Veja: nesse momento, você já sabe que demora 45 dias para receber dos seus clientes, mas paga com uma média de 15 dias, ou seja, tem 30 dias de diferença que precisam ser custeados. E agora? O capital de giro serve exatamente para que a empresa não sofra com isso.

Para que as contas fechem, você tem que saber qual é o custo fixo do seu negócio. Para saber o custo fixo mensal, considere o aluguel, contas de energia, telefone, salários etc. Depois, faça uma estimativa do valor do custo variável do seu negócio. Nos custos variáveis entram todas as despesas relacionadas à venda ou produção do seu produto ou serviço, como matéria-prima e impostos. Some os valores mensais dos seus custos variáveis e custos fixos e faça uma média diária, um valor aproximado do seu custo por dia de operação.

Agora que você já sabe que tem 30 dias “descobertos” (lembra da diferença entre os prazos de pagamento e recebimento?), multiplique o valor do seu custo diário por 30. O resultado é a primeira parte da sua necessidade de capital de giro.

Além disso, você também precisa ter uma noção do valor de estoque necessário para a sua empresa. Se você está começando um negócio, veja qual é o estoque mínimo que ele precisa e o custo desse estoque. Para quem já tem uma empresa funcionando, o ideal é considerar um estoque suficiente para manter as operações até a próxima reposição do seu fornecedor. Some o valor do estoque mínimo aos valores anteriores e, finalmente, terá o total da sua necessidade de capital de giro!

Aprendeu? Administrar as finanças do seu negócio, controlar o estoque e ainda gerenciar processos fiscais pode ficar muito mais fácil com a ajuda de um sistema de gestão empresarial. Ficou interessado? Clique aqui e conheça o myrp, a solução da ACSP para descomplicar o seu dia a dia!

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Por ACSP