COM O PIX, PAGAR UMA CONTA VAI FICAR MAIS FÁCIL

Um sistema de pagamento que eliminará os intermediários das transações monetárias, permitindo a movimentação instantânea do dinheiro do comprador para o vendedor, a um custo próximo de zero. Essa é a revolução prometida pelo PIX, sistema desenvolvido pelo Banco Central com previsão para começar a operar em 5 de outubro.

A base do PIX são as carteiras digitais (como PagSeguro, PayPal, Google Pay e Mercado Pago), que dispensam o compartilhamento de dados bancários durante as transações. A migração do dinheiro, entre a carteira digital do consumidor e a do lojista, é feita principalmente com o uso de aplicativos para smartphone, por meio da leitura de QR Code do produto a ser adquirido.

Assim, não haveria mais a necessidade dos cartões e das maquininhas. Consequentemente, as tarifas desses meios físicos de pagamento deixam de existir. De acordo com o Banco Central, o custo do PIX será de R$ 0,01 por operação, mas não está claro ainda se esta taxa caberá a quem recebe o dinheiro. Quem envia não será taxado.

Para Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a tendência é de que o cartão de crédito suma do mercado. Quanto às maquininhas, segundo ele, terão sobrevida, “mas não ganharão mais dinheiro com cobrança de tarifas”.

A expectativa é que o dinheiro entre na carteira digital do lojista em até 10 segundos após a transação pelo sistema do Banco Central, 24 horas por dia, sete dias por semana. O baixo custo e a velocidade também valerão para pagamentos de fornecedores e colaboradores, comumente realizados via TED e o DOC bancários.

O PIX também trará mudanças nas compras on-line, reduzindo o número de cliques necessários para se concluir essas transações. No Brasil, cerca de 80% dos carrinhos gerados em compras virtuais são abandonados, por motivos como navegabilidade complicada no site, limitação nas formas de pagamento e necessidade de cadastro.

Por ACSP