Comunicação e relacionamento

Ganhar visibilidade, construir e solidificar uma imagem positiva diante do mercado estão entre os principais objetivos das grandes organizações. E, para conquistar bons resultados nesse sentido, o trabalho de comunicação é fundamental.

Na Associação Comercial de São Paulo, o departamento de Comunicação Externa tem uma missão muito importante: por meio do relacionamento com a imprensa, a equipe se empenha para que a entidade esteja presente nos principais veículos do país em mídia espontânea.

Diferente da publicidade, em que as empresas pagam para ter o seu espaço na mídia, nas publicações espontâneas os próprios jornalistas consideram a participação de determinada empresa interessante em uma matéria e a utiliza como fonte. Esse tipo de conteúdo traz credibilidade à organização, pois os leitores, ouvintes e telespectadores percebem que ela está em evidência por escolha do veículo. E o papel dos assessores de imprensa da ACSP é justamente trabalhar para que essas publicações sejam frequentes.

Quem comanda o time responsável por esse trabalho é o jornalista e advogado Vinícius Prado. Aos 42 anos de idade, ele atua há mais de 20 como assessor de imprensa; e, além do mercado de comunicação, conhece muito bem a Associação.

Vinícius conciliou parte dos estudos na universidade com um estágio em Comunicação Social em uma indústria na cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo. Lá, viveu pela primeira vez os desafios da rotina de um jornalista. Em 1998, já formado, foi convidado a ser assessor de imprensa na Câmara Municipal de Várzea Paulista. “Na época, a Prefeitura mantinha um jornal semanal, o Jornal do Povo, que eu editei por uns dois ou três anos”, ele relembra. “Depois, fui ser repórter no Jornal de Jundiaí. Era o jornal mais importante da região na época”, completa.

A passagem pelo jornal terminou em 2004, quando Vinícius passou a se dedicar à campanha de um dos candidatos à prefeitura da cidade.

A chegada à ACSP se deu ainda em 2004, quando o jornalista foi contratado por uma agência que atendia a entidade. “Naquele momento, eu vim para a Associação para atender o então presidente, Guilherme Afif Domingos”, ele conta. “Quando eu entrei aqui, a Associação já tinha um time de jornalistas muito competentes na redação do jornal Diário do Comércio. E, em 2005, a assessoria de imprensa, que havia acabado, foi reiniciada e passou por um momento completamente novo. Então, eu passei a fazer parte desse time”, explica.

Hoje, Vinícius gerencia uma equipe com mais quatro jornalistas responsáveis pela produção dos materiais que a Associação divulga para a imprensa e, também, por atender os veículos que procuram a entidade buscar fontes ou obter informações para as matérias. As pautas de caráter institucional são as que geram mais clippings, nome dado aos materiais veiculados na mídia. “Mensalmente, produzimos um relatório pontuando os temas que mais geram notícias com participação da Associação Comercial, e as pautas institucionais ocupam o primeiro lugar na lista. Nesses casos, os veículos pedem a posição da Associação frente a qualquer política pública que envolva varejo e empreendedorismo na cidade de São Paulo, mas também somos muito consultados para participar de pautas com abrangência estadual e nacional. Não raramente, recebemos pedido do Jornal Nacional, por exemplo, para saber a opinião de um técnico da ACSP – ou do Presidente – sobre aumento de tributos, uma legislação que vai liberar ou não o uso da sacolinha para o comércio... A gente percebe que a Associação é fonte primária para tratar dessas questões”, conta o gerente.

TRABALHO ORGANIZADO

Sempre que um jornalista procura a Associação, o contato é registrado em um sistema com detalhes sobre a solicitação do veículo. Assim, fica mais fácil controlar as demandas e garantir que todas sejam atendidas. “Se a pauta exige um posicionamento do Presidente, uma posição política ou econômica da entidade, por exemplo, nós elaboramos uma nota ou alinhamos uma entrevista, acompanhando essa entrevista de perto até que a matéria seja publicada”, explica Vinícius.

Em outras situações, a ACSP procura os veículos para oferecer as suas pautas. Embora as divulgações sempre tragam dados relevantes, fatos importantes acontecem o tempo todo, e conseguir um espaço na mídia nem sempre é fácil. “A gente oferece torcendo para que o jornalista ache aquela pauta muito interessante, e que ele se convença de que não vai ter outra melhor naquele dia – porque, se tiver, a nossa cai. Então, é todo dia uma surpresa”, diz Prado.

Entre os assuntos mais oferecidos à imprensa estão os indicadores econômicos gerados pelo Instituto de Economia da ACSP e análises de pesquisas de mercado, além de novidades desenvolvidas pela entidade – como lançamento de produtos e diferentes ações. As informações que chegam à assessoria de imprensa são transformadas em um release, um texto em forma de notícia. “O conteúdo é sempre validado com o economista ou porta-voz que tem o conhecimento técnico sobre o assunto que será divulgado e, depois, é liberado para a imprensa por meio de um mailing contendo os veículos da Cidade, do Estado ou do País, dependendo da pauta”, explica Vinícius.

GESTÃO

“Eu acho que coordenar trabalho é simples, mas coordenar pessoas nunca é”, defende. Para ele, os esforços de um gestor devem estar voltados a ser um líder compreensivo e, mais do que isso, inspirar a sua equipe. “Da mesma forma que eu não sou igual todos os dias, as outras pessoas também não são. Há oscilações de humor, problemas de saúde, irritação, problemas financeiros, familiares... É natural. Vários fatores externos acabam, diariamente, tornando a vida das pessoas mais difícil, e a gente precisa lidar com tudo isso da melhor maneira possível para que elas continuem dando o seu melhor no trabalho”, afirma. “O gestor tem que ser o melhor motivador e o porto seguro da equipe. Então, eu costumo dizer que eu posso até brigar com eles, mas brigo muito mais por eles. E eu sou muito feliz com a equipe que eu tenho. Se um dia a gente comete algum erro ou não consegue atingir o resultado pretendido, sei que sempre vai haver comprometimento para que o melhor seja feito logo na sequência”, garante Vinícius.

Ele explica que às vezes as responsabilidades geram cansaço, mas que é sempre superado pela felicidade de exercer a profissão. “Eu não posso deixar um texto sair daqui sem que eu tenha lido, não posso deixar um clipping passar sem eu ter visto. Isso causa algum desgaste, mas trabalhar nessa área me dá um prazer gigantesco. Tanto que, fora daqui, aos finais de semana, eu continuo lendo cinco jornais por dia, acompanhando as notícias... Virou um hábito”, declara o jornalista.

MERCADO EM TRANSFORMAÇÃO

No Ensino Médio, Vinícius ouviu de um professor que as pessoas precisavam ter informação para tomar decisões. Essa colocação o instigou a escolher o Jornalismo e, então, contribuir de alguma maneira para que mais pessoas tivessem acesso a informação de qualidade. “A partir daquele dia, eu passei a pensar que comunicação é uma coisa muito séria, e tem que ser feita de maneira muito profissional. Ainda hoje, acredito que a sociedade pode enfrentar muito menos problemas se todos souberem o que está acontecendo. E, como jornalista, acredito que a transparência é sempre o melhor caminho. Uma sociedade que tem acesso a informação de qualidade funciona muito melhor”, ele defende.

Quem está atento ao mercado de Comunicação com certeza já viu notícias e discussões sobre as profundas transformações pelas quais o setor tem passado. Nos últimos anos, os veículos tradicionais – especialmente os impressos – têm perdido uma parcela significativa da sua audiência, que está consumindo conteúdo de maneira diferente e, em grande parte, migrando para as mídias digitais. Nesse contexto, as opiniões dos profissionais sobre o futuro da área se dividem. “Tudo isso alerta o profissional que quer comunicação para a sua vida”, pontua Vinícius. “Só que, ao invés de pensar no Jornalismo como uma carreira que está se limitando e que pode acabar junto com o jornal impresso, eu acredito que a comunicação é um processo que só tende a aumentar. E a comunicação bem feita, estruturada, profissional, nunca vai perder espaço”, pontua. Ele compara esse processo às mudanças que também têm atingido o mercado de livros. “Os livros vão acabar? Eu não acredito que acabem, mas a gente vai ter acesso de um outro jeito. Não que eu seja um otimista o tempo todo. É claro que eu lamento essa situação, sou da época do papel e gosto. Mas acredito que a gente precisa, sim, olhar para frente. A tendência é essa? Vamos acompanhar a tendência e nos profissionalizar de acordo com as novas necessidades da sociedade”, afirma o jornalista.

NOVAS CONQUISTAS

Neste ano, o objetivo da Comunicação Externa da ACSP é o mesmo dos anteriores: “a nossa busca sempre será manter a Associação em evidência em todos os espaços que possam ser benéficos de alguma maneira para a entidade e para todos os que fazem parte dela: funcionários, associados, voluntários e todos os outros públicos”, declara Vinícius. “E, se a gente conseguir resultados ainda maiores do que os que conquistamos, vai ser melhor ainda”, ele finaliza.

 

Gostou de conhecer um pouco do trabalho do Vinícius e da sua equipe aqui na Associação? Em breve, traremos novas entrevistas para você descobrir como funcionam outras áreas. Aguarde!

 

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Por ACSP