CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DO COMÉRCIO RECUA EM MARÇO

As incertezas com relação aos rumos da economia e a lentidão na vacinação influenciam o ânimo dos empresários. É o que revela o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec), segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Na passagem de fevereiro para março, o Icec recuou 1,5%. Foi a quarta queda consecutiva do indicador, que atingiu 103,6 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Na comparação com março de 2020, o recuo chegou a 19,3%, a 12ª queda consecutiva neste tipo de comparação.

“A implementação de medidas restritivas e indefinições sobre o novo auxílio emergencial respondem por essa desconfiança do setor. A dependência do varejo presencial ainda é grande, apesar dos avanços na digitalização. Esperamos que haja uma agilidade em relação à vacinação, que é o mais urgente no momento. Mas precisamos também de salvaguardas econômicas e sociais”, disse o presidente da CNC, José Roberto Tadros, em nota.

Na comparação com fevereiro deste ano, a queda do indicador foi puxada principalmente pela confiança dos empresários no momento atual, que cedeu 4,1%. A avaliação sobre a situação atual da economia, por exemplo, caiu 4,8%.

A expectativa dos empresários em relação aos próximos meses teve retração de 0,4%. Já a intenção de investimentos recuou 0,9% em relação a fevereiro e a intenção de investir na empresa recuou 2,3%.

Na comparação com março de 2020, também foi observada uma queda de confiança maior em relação ao momento atual (-32,3%) do que ao futuro (-13,5%). A intenção de investimentos caiu 14,4%.

Por ACSP