O Conselho de Avaliação da Conjuntura do Instituto de Economia realizou, no dia 26 de outubro, a reunião do Conselho de Avaliação da Conjuntura, coordenado pelo economista e professor Edy Luiz Kogut. Participaram também o economista-chefe do Instituto Gastão Vidigal, Marcel Solimeo, e analistas dos vários setores da economia brasileira. A reunião online teve a participação do presidente da ACSP, Roberto Mateus Ordine.
A reunião faz uma análise da conjuntura econômica do Brasil e do mundo, mostrando dados e informações sobre a situação de cada setor. O segmento mais bem sucedido da economia brasileira, o Agronegócio, foi o primeiro a ser analisado e trouxe boas notícias.
O agronegócio vem apresentando números positivos, com aumento da exportação e do consumo de carne bovina e carne de frango, aumento da produção de cana e de álcool combustível, projetos de recuperação de terras degradas por meio das pesquisas da Embrapa, uma das principais responsáveis pelo sucesso do nosso agronegócio. No entanto, o setor continua sofrendo com problemas crônicos de transporte, logística e portos sem estrutura adequada para o escoamento da produção agrícola.
Indústria
Por outro lado, o setor industrial continua em crise, de acordo com os especialistas. A indústria extrativa cresceu 5,7% este ano, com uma expectativa de crescimento de 6,7% em relação a 2022. Entretanto, a indústria de transformação vem apresentando quedas, principalmente em relação aos bens de capital, o que levaria a uma redução no investimento produtivo. A produção de ônibus teve queda de 35% e a de caminhões 38%. A montadora de automóveis também vem apresentando queda na produção e nas vendas, mas a produção de motocicletas teve um aumento geral.
Produtos da tecnologia também tiveram queda de produção em 2023. De janeiro a agosto, computadores, celulares, tablets, etc., tiveram uma queda de 4,5% nas vendas no norte e nordeste e 1,4% no sudeste.
Segundo o Comitê de Avaliação de Conjuntura, o Parque Industrial Brasileiro está desatualizado e vem, desde 2016, sofrendo com o baixo investimento, tornando a indústria pouco competitiva devido à falta de atualização e desenvolvimento tecnológico.
Varejo
O varejo das lojas físicas continua sofrendo quedas nas vendas, enfrentando a forte concorrência do mercado de e-commerce, que já se prepara para uma das suas principais datas promocionais, a Black Friday, que ocorrerá em 24 de novembro. A expectativa é de 75 milhões de pedidos durante os dias da promoção. A Black Friday é um evento em vários países do mundo, com uma expectativa de faturamento de R$396 Bilhões este ano, um crescimento de 11% em relação ao ano passado.
Devido ao aumento da renda, do emprego e da confiança do consumidor, o Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP projeta um crescimento do varejo restrito (que não inclui automóveis, material de construção e atacarejo) de 1,9%.
Por ACSP
