Conselho do Agronegócio da ACSP promove palestra sobre cadeias produtivas no agro brasileiro

Nesta segunda-feira (28), o Conselho do Agronegócio da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) recebeu, na sede da entidade, Plínio Nastari, presidente do Instituto Brasileiro de Bioenergia e Bioeconomia (IBIO) e CEO do Grupo DATAGRO. No encontro, ele ministrou a palestra “A integração de cadeias produtivas no agro brasileiro”. Compuseram mesa Roberto Mateus Ordine, presidente a ACSP, Cesário Ramalho, vice-presidente e coordenador do Conselho AC/AGRO, Sérgio Bortolozzo, presidente da Sociedade Rural Brasileira, e Luiz Roberto Gonçalves, vice-presidente da ACSP.

Na abertura do evento, o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Roberto Mateus Ordine, destacou a relevância do conteúdo a ser apresentado. “Queria agradecer a presença do Plínio Nastari aqui na Associação Comercial de São Paulo. Em cinco minutos de conversa que tive com ele antes do início da reunião, já observei o rico conteúdo que será compartilhado com todos nós no hoje”, diz.

Cesário Ramalho, o vice-presidente da ACSP e coordenador do Conselho do Agronegócio, ressaltou o apoio contínuo oferecido pela instituição ao órgão. Ele expressou sua gratidão tanto ao presidente Ordine quanto à Associação Comercial pelo respaldo fundamental concedido ao Conselho do Agronegócio. “Queria agradecer ao presidente Ordine e à Associação Comercial pelo apoio que tem concedido ao Conselho”, aponta. “Esse suporte significa apoiar a agricultura brasileira, agricultura pecuária, e o agro brasileiro está aqui dentro da Associação Comercial”.

Ao iniciar sua palestra, Plínio Nastari compartilhou que o motivo de escolher o tema era porque a "integração das cadeias produtivas é o que mais distingue o setor brasileiro de outros". Essa integração “é o elemento diferenciador do agronegócio nacional em comparação com as atividades semelhantes em outros países”.

O palestrante apresentou alguns exemplos dessa integração, como a interação entre a cana-de-açúcar e outras culturas, como amendoim e soja, nas áreas de renovação. Essa abordagem permite o cultivo dessas culturas sem prejudicar o ciclo de plantio de cana-de-açúcar de longa duração.

Outro exemplo apresentado foi a interligação entre a produção de soja e milho safrinha. A industrialização da soja resulta em subprodutos cruciais para a pecuária, como o farelo usado na alimentação animal e o óleo de soja utilizado para produzir biodiesel. A industrialização do milho, por sua vez, gera subprodutos com grande demanda na pecuária de bovinos, suínos e aves. Além disso, o óleo de milho tem aplicações tanto na ração animal quanto no consumo humano, impulsionando a expansão da produção de grãos.

Nastari também compartilhou dados sobre a redução das áreas de pastagem, que diminuíram de 192 para 162 milhões de hectares desde 1990, ao passo que a produtividade aumentou de 1,7 para 4,5 arrobas por hectare ao ano. Esse progresso tem permitido a liberação de terras anteriormente destinadas à pecuária para a produção de grãos.

Nas considerações finais, o presidente Ordine enfatizou a importância do Conselho do Agronegócio, salientando que o Brasil é uma nação de destaque na produção de alimentos e que a liderança do País passa pelo setor agropecuário. No encerramento do evento, Plínio Nastari recebeu a Medalha da ACSP, um gesto que simboliza a amizade e estreita a relação entre a entidade e o palestrante.

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Por ACSP