Consumidores: quais comportamentos permanecerão no pós-pandemia?

A pandemia mudou muitos dos hábitos de consumo da população. As medidas de isolamento social adotadas para conter o avanço do coronavírus suspenderam ou modificaram as atividades de diversas empresas, mas, agora que o mundo volta ao “normal”, a pergunta que fica é: quais desses novos comportamentos do consumidor devem permanecer nesse novo cenário? 

De acordo com os especialistas, mesmo que a maioria das mudanças provocadas pelo distanciamento sejam provisórias, alguns padrões de comportamento alterados devem permanecer. Veja alguns deles: 

 

Home office e viagens corporativas 

O home office foi a principal alternativa adotada pelas empresas durante a quarentena, e tudo indica que ele não deve desaparecer. De acordo com uma pesquisa recente da consultoria KPMG do Brasil, cerca de 85% das empresas devem manter o modelo de trabalho remoto nos próximos anos, mesmo que em apenas alguns dias da semana. 

A expectativa é que, quando a situação se normalizar, boa parte das atividades continue sendo feita remotamente, o que pode ajudar as empresas a diminuir seus custos de operação.

Nesse novo momento, as viagens de negócios, muito afetadas pela pandemia, também devem reduzir de maneira considerável. Além da economia com passagens, diárias e outras despesas com os funcionários, as empresas devem passar a considerar, também, a questão do tempo de deslocamento, que poderá ser usado para desenvolver outras atividades. Mas o que tudo isso tem a ver com o comércio? 

Essas mudanças vão impactar diretamente as atividades nas regiões comerciais e o setor de turismo de negócios: hospedagem, translado e negócios como bares, restaurantes e táxis certamente sentirão alguma diferença em relação ao período pré-pandemia. 

 

Aplicativos e comércio local 

Com as restrições de locomoção nos períodos mais críticos da pandemia, muitos consumidores passaram a usar aplicativos de compras e outros serviços com mais frequência. 

Graças à praticidade que esses recursos oferecem, esse é outro comportamento que deve permanecer, já que muita gente já se acostumou com a comodidade de receber o que precisa em casa.

Nos momentos em que o delivery não for uma opção, a tendência é que os consumidores deem preferência para comprar nos comércios do bairro, que também serão beneficiados pelo maior número de pessoas que continuarão passando mais tempo em casa. 

 

Educação a distância 

O isolamento social provocou diversos impactos na educação e estimulou muita gente a fazer cursos online, especialmente de curta duração. De acordo com o levantamento “CensoEAD.BR”, divulgado pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), as matrículas em cursos de ensino a distância durante a pandemia aumentaram cerca de 50%. 

As universidades e instituições de ensino perceberam o aumento da demanda e logo se adaptaram para atendê-la. Com a exigência de aperfeiçoamento contínuo pelo mercado de trabalho e o estilo de vida da população que requer cada vez mais praticidade, os cursos online devem continuar sendo a principal opção para os consumidores.

 

Outras mudanças

Mais mudanças de comportamento do consumidor devem aumentar oportunidades em outros setores da economia. 

O turismo de lazer, por exemplo, ainda deve levar um tempo para se recuperar, mas deve ganhar relevância no setor, já que não pode ser substituído por alternativas tecnológicas, como acontece com o trabalho.

Outra possível mudança é a da relação das pessoas com o carro próprio: com uma necessidade menos frequente de deslocamento, muita gente deve repensar a necessidade de manter um carro na garagem, até por conta dos gastos elevados com seguro, manutenção e combustível, que vem passando por reajustes frequentes.

Como a pandemia e o distanciamento social afetaram o mercado de atuação da sua empresa? Você já notou que alguns hábitos que mudaram no início da quarentena estão perdurando? Fique atento às tendências de comportamento do consumidor e, sempre que possível, adapte a dinâmica do seu negócio para manter a competitividade.

Por ACSP