Em palestra na ACSP, Bertelli fala sobre situação da matriz energética brasileira e possíveis renovações na área

Membro do Conselho Superior da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o advogado e jornalista Luiz Gonzaga Bertelli foi o convidado da 59ª reunião do Comitê de Alinhamento Estratégico da ACSP, relizada nesta terça-feira, 25 de outubro. Na pauta abordada por Bertelli, a matriz energética do Brasil, a situação atual do setor e as iniciativas para o desenvolvimento contínuo de fontes renováveis de energia.

Durante sua apresentação, o convidado apresentou os dados atuais do setor do Brasil, mostrando, segundo sua análise, que o País deve alcançar, até 2030, uma margem de até 33% de geração de energia oriunda de fontes renováveis. Atualmente, o índice é de cerca de 23%.

"Esse objetivo foi apresentado durante a última reunião conhecida como Acordo de Paris. Já somos conhecidos por ser um País de energia renovávei, pois a maior parte da nossa geração é de matriz hidrelétrica. Porém, com o desenvolvimento e intensificação de novas matrizes, como solar e eólica, podemos amplificar essa mudança de matriz e contribuir efetivamente para o controle do aquecimento global", explica.

Para Bertelli, o governo que assumir a partir de 2023, seja de esquerda, direita ou centro, deve passar a assumir esse compromisso, mesmo que ele envolva investimentos, custos e o desenvolvimento de tecnologias de distribuição de energia.

Além da matriz energética e geração de energia, Bertelli falou sobre combustíveis, apontando o etanol brasileiro, produzido a partir da cana-de-açúcar, como uma das melhores alternativas aos combustíveis de origem fóssil.

"Podemos ampliar grandemente a produção de etanol, aliar essa tecnologia à eletricidade e até exportar essa alternativa para outros países", comenta.

Segundo ele, o Brasil possui potencial agrícola para suprir essa demanda e aumentar a produção de cana que gere mais etanol. "Um combustível feito a partir de bio-massa e que é conhecidamente muito menos poluente que àqueles oriundos do petróleo", complementa.

Questionado sobre a diminuta geração de gás natural pelo Brasil, Bertelli argumentou sobre a falta de estrutura para distribuição desse combustível no País, o que geraria um extenso e complexo sistema de dutos para que fosse possível entregar o produto. No Brasil, o gás natural é substituído pelo gás metano, comercializado em botijões.

Vice-presidente da ACSP, Marcos Nascimento, elogiou a palestra oferecida por Bertelli: "Sempre um prazer escutar o Bertelli. É uma alegria e uma honra para nós. Aqui na nossa entidade, vemos que tudo isso só funciona com se tiver a iniciativa privada envolvida. Por isso, defendemos a iniciativa privada e os empreendedores", conclui.

Confira no link a seguir as fotos do encontro do Comitê de Alinhamento Estratégico com a participação de Bertelli. A reunião foi realizada na sede da ACSP, no centro de São Paulo.

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Por ACSP