Encontro do FJE tem palestra do empresário Nilton Molina

O humor e o talento de comunicador deram o tom da palestra do empresário Nilton Molina, no encontro do Fórum dos Jovens Empreendedores (FJE/ACSP), realizado na última quinta-feira, (7) no auditório da entidade. Muito à vontade, Molina, que também é membro do Conselho Superior da ACSP, falou sobre sua trajetória, já registrada no livro biográfico: “O Vendedor de Sonhos” . O evento foi conduzido pelo coordenador do FJE, Wilson Victorio Rodrigues, e contou com a participação de Guilherme Gandra, estudante de direito e membro do Fórum.

Aos 88 anos, Molina demonstra uma vitalidade invejável e muita dedicação ao trabalho: “Ainda sonho em realizar novos projetos. Quem não sonha está morto”. O empresário contou várias passagens de sua carreira de mais de 60 anos, sempre lembrando da importância de adquirir o conhecimento técnico para empreender.

“Sou autodidata, mas sempre me preocupei em estudar e ler muito. A leitura contribuiu para que eu fosse um bom comunicador, um bom vendedor. Não é fácil vender seguro de vida. As pessoas não priorizam esse produto e, nesse caso, o vendedor tem que estar muito afiado para convencer o potencial comprador”.

Molina falou sobre seu início de carreira. Aos 12 anos, começou a trabalhar como empregado, mas logo sentiu a vontade de empreender. “Empreender não é fácil, mas é menos previsível que trabalhar como empregado. Se o negócio funcionar, você pode ganhar muito dinheiro rapidamente. Comecei como vendedor e, aos 28 anos, já tive a possibilidade de comprar uma casa própria à vista. Como todo novo rico, fiz uma decoração interna que custou o dobro do preço da casa”.

O empresário foi responsável pela invenção do modelo precursor do “Baú da Felicidade”. Ele trabalhou com o Eron Alves de Oliveira, fundador da Erontex, empresa têxtil. Molina bolou o carnê Erontex, que as pessoas pagavam mensalmente e recebiam, ao final de um ano, um corte de tecido para a confecção de um terno. “Naquela época, todos se vestiam bem, ainda existiam os alfaiates e, mesmo os trabalhadores da indústria, ainda iam ao trabalho vestidos formalmente. Lá, eles trocavam o terno pelo macacão de trabalho”.

Por causa disso, Molina lembrou que o corte de tecido tinha muito valor, o que levou ao sucesso do modelo replicado por muitas outras empresas.

Molina lembrou, também, do seu início na Mongeral (MAG) e como acabou se dedicando ao setor de Previdência e Seguros. “Me apaixonei pela área e acabei me tornando um profundo conhecedor a Previdência Privada. Hoje, procuro utilizar da melhor maneira possível minha experiência para conduzir minha empresa”.

Sobre continuar trabalhando aos 88 anos, ele afirma que a experiência e o conhecimento dos mais velhos deve ser aproveitada. “Não importa a idade se a pessoa tiver a qualificação necessária para o trabalho. Me perguntam por que continuo trabalhando e eu respondo que o trabalho é a minha diversão, meu playground”.

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Por ACSP