FECHAMENTO DO COMÉRCIO IMPACTA NAS VENDAS E MOBILIZA LOJISTAS

Várias cidades paulistas, incluindo a capital, foram colocadas pelo Governo Estadual na fase vermelha do Plano São Paulo de flexibilização econômica nos dias 1, 2 e 3 de janeiro. Consequentemente, o comércio esteve fechado e o fato repercutiu na prévia do Balanço de Vendas de janeiro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

O indicador, com base nos dados fornecidos pela Boa Vista S/A, aponta queda média de 7,8% nas vendas em comparação à primeira quinzena de janeiro de 2020. Este índice negativo resulta também da alta da inflação de produtos de primeira necessidade, como arroz e leite, e do fim do auxílio emergencial, reduzindo o poder de consumo da população no varejo. Este baixo fluxo registrado no comércio representou ainda uma queda de 41,3% nos primeiros 15 dias do mês, se comparado ao mesmo período de dezembro.

Para Marcel Solimeo, economista da ACSP, os números não surpreenderam. “Não existe venda adiada; venda adiada é venda perdida”, disse ele, referindo-se aos dias em que as lojas não funcionaram no início do ano. Essa grande retração tinha tudo para ser reduzida no encerramento do mês, por conta da Sampa Week, semana de promoções voltadas para lojistas e outros setores da economia. Porém, o Governo Estadual limitou o funcionamento do comércio, novamente, por conta da pandemia da Covid-19, o que provocou reação por parte dos comerciantes.

Empresários e trabalhadores do comércio em geral e do segmento de bares e restaurantes, profundamente afetados pelas restrições de operação nos finais de semana, se reuniram no último dia 27 de janeiro, em diferentes cidades paulistas, para protestar contra a decisão do governo paulista. Foram manifestações pacíficas, sem conotação político-partidária. A esperança está na revisão dessas medidas, tão prejudiciais a todo o setor, pelas autoridades competentes.

Por ACSP