Hotelaria: um mercado em transformação

No Brasil e no mundo, o uso da tecnologia não para de crescer, o que gera mudanças importantes na rotina de consumidores e empresários. Cada vez mais, as pessoas têm utilizado celulares, tablets e afins para pesquisar e comprar produtos e serviços.

No início do ano, uma pesquisa feita pela empresa de pagamentos on-line Paypal ouviu em todo o País pessoas que usam dispositivos móveis, e 55% dos entrevistados afirmaram que usaram o ambiente virtual para comprar itens relacionados a Turismo e Viagens nos últimos 60 dias.

Para as empresas que atuam no setor de Hotelaria, por exemplo, essa transformação na forma de consumir serviços exige que elas estejam cada vez mais atentas e envolvidas nas inovações do mercado para continuarem prosperando. E, para entender melhor como esse cenário tem influenciado a rotina desses empreendimentos, conversamos com o Luis Carlos Eiras, diretor do hotel Omega Palace, que fica em Santana, na Zona Norte de São Paulo. Vamos conhecê-lo?

Luis é formado em Engenharia Civil, mas conhece bem o mercado hoteleiro. Desde pequeno, acompanhava os negócios da família no setor, e mesmo quando concluiu a graduação, optou por continuar trabalhando com o hotel.

 

 

ACSP: Por que você tomou essa decisão?

L.C.: Eu acredito que quem trabalha com Hotelaria tem que gostar de servir às pessoas, e eu adoro. Para mim, o hotel precisa ser como uma extensão da casa do hóspede. Tem que ter uma cama bem parecida com a que ele tem em casa, uma boa TV, limpeza caprichada... Tudo para que ele realmente se sinta em casa, e eu quis trabalhar dessa forma.

ACSP: Como é o relacionamento com os seus clientes?

L.C.: Lidar com gente é o que eu gosto de fazer. Isso me deixa muito satisfeito. Alguns hóspedes chegam a São Paulo e não sabem pegar metrô, ou não sabem chegar a um lugar que precisam, e sempre que possível, a gente ajuda. No fim das contas, a gente acaba sendo meio que concierge também [comum no ramo hoteleiro, o concierge é o profissional responsável por atender necessidades básicas e especiais dos hóspedes].

Luis Carlos sente na pele a influência da tecnologia no mercado em que atua. Ele conta que o seu hotel está cadastrado no Booking.com, um site agregador de tarifas de viagem e de busca de hospedagens. Ele explica como essa parceria tem mostrado a força do consumo no ambiente virtual.

L.C.: Dois meses atrás, tive uma reunião com o pessoal do Booking.com, que já é o nosso maior vendedor. Naquele período, 40% das vendas eram feitas via celular. Semana passada, tive outro encontro com eles, e descobrimos que hoje já estamos vendendo 70% via celular. Então, é indiscutível que precisamos estar muito atentos a essa evolução digital.

ACSP: Essa modernidade traz vantagens para os consumidores?

L.C.: Claro! Antes, os hotéis se autoavaliavam como 1, 2, 3 estrelas... Agora, são os clientes que nos avaliam. Então eu acredito que, hoje, quem está mais atualizado e atento às tecnologias sai na frente, ganha mais. Essa modernidade é interessante, porque por meio dos aplicativos e novos recursos, podemos atrair vendas. Ao mesmo tempo, na internet os clientes têm mais informações sobre o hotel, conseguem ter acesso às experiências anteriores de outros hóspedes, leem comentários de outros consumidores e ficam mais seguros para fazer a melhor escolha.

Para o empresário, trabalhar no ramo e servir às pessoas é um grande prazer. No entanto, ele também conta que os desafios para sobreviver no setor são cada vez maiores.

L.C.: De tempos em tempos, você precisa comprar novos colchões, roupas de cama, roupas de banho e até itens mais caros, como as televisões dos quartos. Às vezes, essa manutenção fica bem pesada. De vez em quando, também é preciso fazer reformas nos apartamentos, que custam caro e ainda nos impedem de alugar aquele quarto, porque está em obras.

Hoje, eu percebo que administrar um hotel é muito menos lucrativo do que há cinco anos, por exemplo. Devido à crise, precisamos abaixar os valores das diárias para manter as ofertas atrativas, mas, em contrapartida, os valores de impostos e despesas não param de aumentar.

Além da alta carga tributária, Luis Carlos conhece bem as dificuldades de ter uma empresa, mas não deixa de ser um incentivador do empreendedorismo. Hoje, ele divide o seu tempo entre as questões do hotel e a atuação como diretor superintendente da Distrital Norte da ACSP. Lá, ele trabalha especialmente com dois objetivos: atrair jovens empreendedores e gerar mais movimento na unidade.

ACSP: Por que você aceitou o cargo? 

L.C.: Com o passar dos anos, eu aprendi que a gente precisa fazer alguma coisa se quiser ver mudanças, se quiser ver as coisas realmente acontecendo. É difícil encontrar pessoas que queiram contribuir com a sua categoria, e eu sou uma delas. 

Para 2019, a Distrital Norte terá novos projetos; e, se depender do Luis, mais associados participantes e engajados.

L.C.: Vamos colher resultados muito legais. No próximo ano, vamos dobrar o número de palestras na Distrital, e já negociamos parcerias com o SEBRAE, SENAC, ETEC e mais algumas instituições. Temos propostas, inclusive, de projetos educacionais muito interessantes, e que vão beneficiar a todos: os participantes, que vão ganhar conhecimento; a Distrital, que vai atrair um público maior; e a própria Associação, que se tornará ainda mais conhecida e poderá oferecer seus serviços a mais empreendedores. Fui agraciado com esse cargo e estou me empenhando para fazer um bom trabalho. Recebi uma missão, e missão dada é missão cumprida.

Ficou curioso para saber sobre as mudanças da Distrital? Fique atento às nossas publicações no portal e nas redes sociais.

Conheça, também, mais detalhes sobre o hotel Omega Palace:

SOBRE O NEGÓCIO

Omega Palace Hotel

Endereço: R. Força Pública, 55 - Santana, São Paulo - SP, 02012-080

Telefone: (11) 2221-7355

Acesse aqui o perfil do Hotel no Booking.com

 

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Por ACSP