Hubs de inovação: o que são e por que estão crescendo em São Paulo?

Há quem diga que a chegada da pandemia do coronavírus acelerou a modernização dos modelos de negócios pelo mundo. O trabalho remoto, por exemplo, passou a ser adotado praticamente do dia para a noite por milhões de empresas — inclusive as que apresentavam forte resistência ao modelo de trabalho antes de ele se tornar uma orientação das autoridades sanitárias na tentativa de frear a propagação da doença.

O tempo foi passando e, com os funcionários em casa, algumas empresas não viram mais sentido em manter suas salas e prédios. O número de imóveis comerciais vagos aumentou ao longo de 2020 nos maiores centros urbanos do país, segundo levantamento da consultoria Buildings, que monitora o mercado imobiliário brasileiro. Para efeito de comparação, no 1º trimestre do ano passado (pré-pandemia), o volume de imóveis vagos na capital paulista estava em 13,32%. No 4° trimestre, a proporção aumentou para 17,29%, atingindo o maior patamar desde o 1º trimestre de 2019 (17,47%).

Nessa onda de devolução de imóveis, muitas empresas conseguiram reduzir expressivamente seus custos fixos, mas surgiu um problema: o que fazer quando for necessário realizar reuniões presenciais, compartilhar experiências e discutir inovações com parte da equipe? Nesse contexto, os hubs de inovação vêm se apresentando como grandes aliados. Você já ouviu falar sobre eles?

Muito similares aos coworkings, os hubs de inovação são espaços colaborativos onde empresas de diversos segmentos podem criar uma "vitrine'' de negócios em busca de novos investidores. Por conta disso, esses espaços são restritos a discussões de novas ideias e são opções muito interessantes para startups, por exemplo.

Após algumas discussões organizadas pelo Conselho de Inovação (Conin) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a entidade apresentou, no dia 8 de junho de 2021, o projeto do Páteo 76, um novo hub de inovação da Associação junto ao Conin. O espaço fica na cobertura da Rua Boa Vista, n° 76, no centro da cidade de São Paulo. A proposta prevê um espaço moderno com capacidade para até 50 pessoas. 

O que você poderá encontrar no Páteo 76?

O novo hub de inovação da ACSP terá salas de reuniões privadas e abertas, espaço para gravações, cafeteria com diversas mesas que permitirão criar diferentes formatações de ambientes, banheiro, copa, recepção, lockers e um painel de LED para pequenas apresentações, projeções e cursos.

O espaço será dividido, basicamente, em quatro ambientes: ilhas de trabalho, layout de eventos, layout de miniauditório e um espaço com mesas maiores, para grandes equipes. Para Alessandra Andrade, coordenadora do Conin e vice-presidente da ACSP, esse espaço materializa o novo momento da instituição, pois “a tradição da entidade sustenta toda a proposta inovadora do Conselho”.

Quais são as vantagens de trabalhar em um hub de inovação?

Algumas startups não têm recursos para alugar um espaço físico adequado e iniciar suas operações. Como apoiadora de novos negócios, a ACSP pensou nesse público para viabilizar uma estrutura mais acessível e que possa colaborar para que as atividades avancem de maneira mais produtiva.

Além disso, como são utilizados por várias pessoas, os hubs de inovação podem colaborar para a formação de novas parcerias, já que as startups que utilizarão o espaço vão passar por uma espécie de “seleção”. Um hub de inovação pode ser uma vitrine para sua empresa ter contato com investidores, o que também pode acelerar o processo de crescimento do seu empreendimento.

E você? Já conhece ou utilizou um espaço colaborativo? Acha que esse modelo de negócio poderia ajudar a sua empresa de alguma forma? Continue de olho nas próximas publicações e novidades da ACSP sobre o tema! 

Por ACSP