ÍNDICE DE CONFIANÇA DA ACSP BATE NOVO RECORDE NEGATIVO

Segundo o Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo, a confiança do consumidor brasileiro na economia caiu quatro pontos em maio e registrou 66 pontos, atingindo o pior indicador desde o início da pandemia.

Encomendada junto à Behup, a pesquisa mede a percepção e a segurança da população em relação ao país, à sua situação financeira e prevê o comportamento destas pessoas na hora da compra. Os dados foram coletados com 1.500 entrevistados, em todas as classes sociais e nas cinco regiões do país. A variação vai de 0 a 200.

Pelo terceiro mês consecutivo, a região Nordeste continua sendo a mais pessimista do Brasil, com 61 pontos. O consumidor do Norte é o que apresenta o menor sinal de preocupação com a economia, com 79 pontos. Nas outras três regiões o registro foi de 76, 67 e 61 pontos (Centro-Oeste, Sudeste e Sul respectivamente). A pesquisa aponta que não dá para classificar nenhuma região como otimista (indicador acima dos 100 pontos).

Por outro lado, a confiança em um futuro melhor cresce desde março, com o aumento, mesmo que em ritmo lento, da vacinação. Naquele mês, 39% dos entrevistados acreditavam que suas situações financeiras iriam melhorar nos próximos seis meses. Em abril, este índice subiu para 45% e em maio foi para 48%.

“A expectativa é de recuperação da confiança para um futuro melhor à medida que as pessoas percebem que aumenta o número de vacinados e que as atividades econômicas começam a retornar, sem interrupção”, disse Marcel Solimeo, economista da ACSP.

A confiança do consumidor na economia está ainda mais baixa no Estado de São Paulo do que no Brasil. O indicador caiu de 66 pontos, em abril, para 62 neste mês e também bateu recorde negativo desde o início da pandemia. Foram entrevistadas 800 pessoas na capital, região metropolitana, litoral e interior. A metodologia é a mesma adotada na pesquisa nacional.

A situação do emprego para os paulistas é ainda pior do que em outras regiões do país. Cerca de 73% dos entrevistados ou ficaram desempregados ou conhecem alguém que tenha ficado fora do mercado de trabalho nos últimos seis meses.

Por ACSP