ÍNDICE NACIONAL DE CONFIANÇA DO CONSUMIDOR APONTA CLASSE C MAIS OTIMISTA

O Índice Nacional de Confiança do Consumidor (INC), indicador elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV/ACSP), mostra a Classe C e a região Centro-Oeste estão mais otimistas, apesar da crise econômica e alta inflacionária.

A expectativa de um cenário melhor surge em um momento que o Banco Central acaba de reajustar a taxa de juros para 13,25%, a 11ª alta consecutiva, com inflação anual acumulada desacelerada, mas ainda em 0,47% (percentual de maio).

“O cenário econômico do País afeta a confiança do brasileiro, mas o que mais determina é a situação individual dos consumidores”, disse Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.

Segundo ele, a maior parte da população da classe C possui ocupação formal ou informal, já está recuperando a renda que perdeu com a pandemia e ainda pode contar com recursos oriundos do saque do FGTS, da antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas e do Auxílio Brasil.

“Já o aumento da safra gera mais empregos, renda e aumenta a oferta de alimentos para o brasileiro da região Centro-Oeste”, explicou.

Consumidor ainda cauteloso

Em contrapartida, de forma geral, o consumidor brasileiro demonstra cautela. O INC registrou, em junho, 92 pontos. O Índice vai de 0 a 200, sendo que menos de 100 o campo é pessimista e mais de 100, otimista.

Do total de entrevistados, 48% consideram estarem mal financeiramente; 32% não se sentem seguros no emprego e temem que ele e/ou alguém da família fiquem desempregados.

Por ACSP